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Inclusão/exclusão escolar e afetividade: repensando o fracasso escolar das crianças de classes populares

Sandra Maria Nascimento de Mattos

Resumo


A inclusão em educação não se restringe à visão multifacetada da deficiência. Ela se constitui na dialética exclusão/inclusão, fazendo-se parte constitutiva da exclusão. Sabemos que a antinomia exclusão/inclusão significa o direito à satisfação das necessidades básicas de aprendizagem; a eliminação das barreiras à aprendizagem e a participação de todos no sistema educativo. Entendemos que isso só ocorrerá quando direcionarmos o pensamento para a criação de culturas inclusivas, a produção de políticas inclusivas e o desenvolvimento de práticas inclusivas. Essas três dimensões são necessárias ao (des)envolvimento inclusivo dentro de qualquer escola, que pretenda tornar-se inclusiva. Queremos mostrar a necessidade de discutir acerca da relação exclusão/inclusão; das diferenças vista como a especificidade do ser humano e a afetividade. A afetividade é imprescindível para a aprendizagem. A gestão da afetividade positiva predispõe a ação e a reação em diferentes situações. A afetividade positiva faz com que o aluno “sinta” a aprendizagem, despertando o interesse em aprender e, assim, elimine o fracasso escolar nas crianças de classes populares. Consequentemente, a tríade afetividade- aprendizagem- inclusão é vital para o processo educativo.


Palavras-chave


afetividade; inclusão escolar; fracasso escolar; classe popular.

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