BRINCADEIRAS DAS CRIANÇAS DO CAMPO
UMA SISTEMATIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v18i1.97600Palavras-chave:
Estudos da Infância, Infâncias do Campo, Crianças Rurais, BrincarResumo
O presente trabalho apresenta uma sistematização de publicações científicas recentes sobre o brincar de crianças do campo no contexto brasileiro. Identificamos por meio de pesquisa bibliográfica quais brincadeiras são produzidas pelas crianças do campo, verificamos se as crianças participam ativamente das pesquisas e averiguamos como a relação crianças-território é apresentada. Adotamos os descritores ‘brincar’ e ‘campo’ para identificar artigos publicados nos últimos 5 anos (2019-2024) no acervo de periódicos reunidos no Portal de Periódicos da CAPES. Selecionamos 14 artigos, dos quais realizamos a leitura integral para análise de seu conteúdo. O meio rural aparece com pesquisas empíricas em comunidades indígenas, campesinas, extrativistas, quilombolas e rurais. Os resultados mostraram que as brincadeiras e o brincar das crianças do campo estão diretamente relacionados à natureza e aos seus territórios, assim como seus brinquedos artesanais. O brincar, além de reforçar a identidade individual e coletiva da criança, contribui na proteção de suas culturas. Concluímos que as pesquisas recentes trouxeram dados importantes e convergentes sobre as infâncias do campo.
Referências
APALAI, W. A.; BRITO, A. C. U.; CUSTÓDIO, E. S. O brincar das crianças indígenas no Pará: Um olhar para as narrativas e vivências do povo Aparai. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 30, n. 1, p. 115-131, jan. 2022. https://doi.org/10.17058/rea.v30i1.15741
AVIZ, F. R. S. de; SANTOS, T. L. dos. A cultura lúdica no contexto da educação infantil do campo: Práticas e experimentações em Tracuateua-PA. Zero-a-Seis, Florianópolis, v. 24, n. 45, p. 358-378, jan./jun. 2022. https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e82716
ÁVILA, C. d’; CASSIMIRO, M. A. D. Baú brincante na escola do campo: Uma pesquisa-ação sobre o brincar livre em escola campesina no município de Ilhéus, Bahia. Revista de Estudos em Educação e Diversidade, v. 2, n. 6, p. 1-22, out./dez. 2021. https://doi.org/10.22481/reed.v2i6.10129
DIAS, V. G.; SILVEIRA, D. M.; NASCIMENTO, D. do. Brincar, sorrir, lutar por reforma agrária popular: A experiência de auto-organização das crianças sem-terrinha do MST/RS. Revista Trabalho Necessário, v. 17, n. 34, p. 105-129, set./dez. 2019. https://doi.org/10.22409/tn.17i34.p38046
LEITE, J. O. Sentidos e significados da escola do campo na perspectiva da produção cultural das crianças. Motrivivência, Florianópolis, v. 32, n. 63, p. 1-19, jul./dez. 2020. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e73795
LOPES, C. M.; KNAPP, C.; SANGALLI, A. Território Mitã Kuera: O cenário multiétnico do ser criança indígena. Rev. FAEEBA – Ed. e Contemp., Salvador, v. 31, n. 67, p. 268-287, jul./set. 2022. https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n67.p268-287
LUCINDA, K. B.; FERREIRA, M. R.; KEIM, E. J. Transdisciplinaridade, cuidado e ludicidade: Contornos da construção do conhecimento no cotidiano Mbya-Guarani. Divers@, Matinhos, v. 12, n. 2, p. 105-118, jul./dez. 2019. 10.5380/diver.v12i2.69513
MARQUES, M. I. M. A atualidade do uso do conceito de camponês. Revista Nera, n. 12, jan./jun. 2008.
PAULA, E. de. “Aqui é o lugar que a gente vive!” As brincadeiras das crianças de um quilombo catarinense. Revista Contrapontos, eletrônica, v. 19, n. 1, Itajaí, jan./jun. 2019. 10.14210/contrapontos.v19n1.p271-286
PÉREZ, B. C.; SOUZA, E. P. de. “Como é bom brincar, cafuringar”: Transmissão intergeracional e apropriação do território pelas crianças quilombolas. Desidades, n. 32, ano 10, jan.-abr. 2022. https://doi.org/10.54948/desidades.v0i32.46737
PINTO, B. C. de M.; DOMINGUES, A. S. Aprender brincando: Uma arte de ouvir no cotidiano indígena Anambé no município de Moju-Pará. RECC, Canoas, v. 27, n. 2, p. 1-17, out. 2022. https://doi.org/10.18316/recc.v27i2.8318
RAMM, A. R.; CAMARGO, M. da S. O estado do conhecimento sobre Educação Física e as infâncias nas escolas do campo. Motrivivência, Florianópolis, v. 35, n. 66, p. 1-19, 2023. Universidade Federal de Santa Catarina. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e95164
SANTOS, M. O dinheiro e o território. GEOgraphia, Niterói, ano 1, n. 1, 1999.
SILVA, A. P. S.; BARBOSA, M. C. S. Educação Infantil das Crianças do Campo, das Águas e das Florestas: pertencimento, pluralidade e singularidade. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 17, n. 39, p. 997-1016, set./dez. 2023.
SILVA, C. V. M.; SODRÉ, L. G. P. As Crianças do Campo e suas Vivências: o que Mostram suas Brincadeiras e Brinquedos. Cad. Cedes, Campinas, v. 37, n. 103, p. 361-376, set.- dez., 2017.
SILVA, I. O.; SILVA, A. P. S. (Orgs.). Infâncias do campo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
SOUZA, A. V. e S.; BAUMGARTNER, C. T. Trabalho, infâncias e crianças no contexto narrativo campo-costeiro à luz da linguagem bakhtiniana. Polyphonía, v. 32, n. 2, jul./dez. 2021. https://doi.org/10.5216/rp.v32i2.70892
TOUTONGE, E. C. P.; FREITAS, M. N. M. As crianças e a natureza em contextos rurais amazônicos. Revista Exitus, Santarém/PA, v. 12, p. 1-25, 2022. https://doi.org/10.24065/2237-9460.2022v12n1ID1693
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
YAMIN, G. A.; FARIAS, M. de F. L. de; VIEIRA, J. F. Viagens escolares de crianças do campo: A construção da cultura de pares. Revista Educação e Fronteiras On-Line, Dourados/MS, v.9, n.27, p.36-46, set./dez. 2019. 10.30612/eduf.v9i27.12617
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Maria da Glória da Silva, Suzana Santos Libardi, Lêonidas de Santana Marques

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais (copyright)
A Revista Divers@! é um periódico científico de acesso aberto e o copyright dos artigos e da entrevista pertence aos respectivos autores/entrevistados com cessão de direitos para a Divers@! no que diz respeito à inclusão do material publicado (revisado por pares) em sistemas/ferramentas de indexação, agregadores ou curadores de conteúdo.
Não serão pagos direitos autorais aos autores dos textos publicados pela revista. Os direitos autorais são do autor, no entanto, seu acesso é público e de uso gratuito.

