AUTONOMIA E A PRÁTICA ASSISTENCIAL DO ENFERMEIRO
Resumo
Realizou-se estudo de abordagem qualitativa, com o objetivo refletir a questão da autonomia junto a um grupo
de oito enfermeiros assistenciais das unidades de terapia intensiva de um hospital-escola. Os dados coletados por
entrevista semi-estruturada foram submetidos à análise de conteúdo proposta por Bardin. A análise possibilitou a identificação
de duas categorias: percebendo a complexidade do significado de autonomia e identificando no processo de trabalho as
condições facilitadoras e dificultadoras à construção da autonomia. Os resultados possibilitaram a percepção de que
autonomia ainda é um valor a ser habilitado, tem múltiplas compreensões e sua conquista se constrói no cotidiano da vida
hospitalar por condições intrínsecas do enfermeiro e por condições do entorno institucional. Estes vivenciam muitas
vezes, situações de dominação e subordinação nas relações estabelecidas com outros profissionais, com a estrutura
hierárquica da instituição e com os modelos técnico-assistenciais de saúde.