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Efeito da idade da matriz e da temperatura de alojamento sobre a absorção do saco vitelino e desempenho zootécnico de frangos de corte

Alexandre Teixeira Zocche, Cleverson de Souza, Clóvis Eliseu Gewehr

Abstract


A idade da matriz e a temperatura ambiental podem ser fatores determinantes na absorção do saco vitelino pelas aves e consequentemente no desempenho durante a criação. Com o objetivo de avaliar a absorção do saco vitelino nos sete primeiros dias de vida e o desempenho zootécnico de pintainhos oriundos de matrizes de idades diferentes alojados em diferentes temperaturas, um experimento foi conduzido no aviário do setor de Avicultura CAV/UDESC, durante 42 dias. Foram utilizados, 1.080 frangos Cobb machos de um dia de vida, originários de matrizes de 27, 37 e 60 semanas de idade, alojados em 30 boxes, submetidos a dois limites de temperatura, 30 a 32 oC e 24 a 26 oC. As aves foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 2 (idade da matriz x temperatura), totalizando seis tratamentos, com cinco repetições de 36 aves/cada. Foram realizados quatro abates após a eclosão: antes do alojamento, 60, 108 e 156 h, para colheita do peso de saco vitelino, fígado, proventrículo, bursa, baço e coração em quatro aves por repetição, sendo os valores expressos em % em relação ao peso vivo. Aos 42 dias de idade duas aves de cada repetição foram sacrificadas para obtenção dos valores de peso relativo de órgãos, rendimento de carcaça e de cortes. Também foram avaliados semanalmente o consumo de ração, peso vivo e conversão alimentar. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias avaliadas através do teste de Tukey (5%). Matrizes mais velhas geram pintainhos mais pesados (P<0,05) e influenciam (P<0,05) as porcentagens dos órgãos na primeira semana, no entanto não afetam (P<0,05) a absorção do saco vitelino. A temperatura de alojamento não influenciou as variáveis dos abates da primeira semana. Matrizes mais velhas geram frangos mais pesados (P<0,05) aos 42 dias com maior, (P<0,05), consumo de ração, porém, não influencia (P>0,05) conversão alimentar, % de órgãos e rendimento de carcaça e de cortes. A temperatura de alojamento não influenciou (P>0,05) o peso vivo, conversão alimentar, % de órgãos e rendimento de carcaça e de cortes das aves aos 42 dias, no entanto, aves criadas em temperatura abaixo do conforto térmico aumentam (P<0,05) o consumo de ração na última semana de vida. Conclui-se que o desempenho de frangos de corte e os % de órgãos são influenciados pela idade da matriz, enquanto que a temperatura de alojamento entre 24 a 26 oC não afeta desempenho e peso relativo de órgãos. A idade de matriz e temperatura de 24 a 26 oC não influencia a absorção do saco vitelino.


Keywords


Avicultura. Estresse térmico. Rendimento de carcaça



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v21i2.44467