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ESFINCTEROPLASTIA ANAL EXTERNA EXPERIMENTAL COM MEMBRANA DE PERITÔNIO BOVINO PRESERVADA EM GLICERINA A 98%, EM CÃES

S. RODASKI, S. D. GUÉRIOS, M. A. PERRONI, A. B. NARDI, C. A. M. SILVA

Abstract



A incontinência fecal em cães pode ser neurogênica ou conseqüente às miopatias da região
perineal, principalmente em relação ao esfíncter anal externo. Nas extensas ressecções como nos casos
de neoplasias perineais, pode haver comprometimento do esfíncter anal externo e inabilidade para
retenção de fezes. Tendo em vista a dificuldade dos proprietários conviverem com animais incontinentes,
este experimento tem como objetivo restabelecer a função do músculo esfíncter anal externo com enxerto
de membrana biológica conservada em glicerina 98%. Trinta dias após iatrogenização de incontinência
através da miectomia bilateral do esfíncter anal externo, procedeu-se a esfincteroplastia. Para isso foram
realizadas duas incisões de 2 cm, laterais a abertura anal, e através dessas foram feitos dois túneis no
tecido subcutâneo, um dorsal e outro ventral, com o auxílio de pinça hemostática curva de Halstead. Após
a tunilização, inseriu-se um segmento de peritônio bovino medindo em média 6 cm de comprimento e 0,5
cm de largura. As extremidades da membrana foram unidas através de duas suturas interrompidas
simples, e após isto, fixou-se o peritônio ao músculo coccígeo com três suturas interrompidas simples e fio
polipropileno no. 3-0. Na seqüência, procedeu-se a sutura contínua simples do tecido subcutâneo com fio
categute simples no. 3-0 e aproximou-se as bordas da pele através de suturas interrompidas simples com
fio mononáilon no. 3-0. Os dez cães, machos, sem raça definida, com peso variando entre 8 e 12 kg
apresentaram controle da emissão de fezes em 10 dias, após a realização da esfincteroplastia, e
permaneceram continentes durante os dois meses de observação pós-operatória.

External anal experimental esphincteroplasty in dogs with bovine peritoneum membrane
preserved in 98% glicerine

Abstract


Fecal incontinence in dogs can be either neurogenic or due to myopathies in the perineal
region, mainly in relation to the external anal sphincter. In large resections as in cases of perineal
neoplasias, there may be damage of the external anal sphincter and incapability of fecal control. Once it is
hard for owners to cope with incontinent animals, this experiment objectifies to re-establish the functioning
of the muscle of the external anal sphincter by grafting a biological membrane preserved in glycerine 98%.
Sphincteroplasty was held 30 days after incontinence iatrogeny, through a bilateral myectomy of the
external anal sphincter. Two incisions of 2cm at both sides of the anal opening were performed, followed
by two ventral and dorsal tunnels opened through the subcutaneous tissue using Halsteds curved
hemostatic forceps. After tunneling, a segment of bovine peritoneum was inserted, 6 cm long and 0,5 cm
wide, Membrane ends were put together by two plain interrupted sutures and after this procedure,
peritoneum was attached to coccigean muscle by three plain interrupted sutures with polypropylene thread
no. 3-0. It was followed by a plain continuous suture of the subcutaneous tissue with catgut no.3-0, putting
dermal ends together through plain interrupted sutures with mononylon thread no. 3-0. Ten (10) male dogs
of undefined breed, weight ranging from 8 to 12 kg presented fecal control ten days after sphincteroplasty
and remained continent for the two subsequent months of follow-up.


Keywords


esfincteroplastia; incontinência fecal; peritônio. sphincteroplasty; fecal incontinence; peritoneum



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v5i1.3886