BIOSSEGURANÇA EM REBANHOS LEITEIROS NA AGRICULTURA FAMILIAR – SUDOESTE PARANAENSE
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v18i3.28839Palavras-chave:
agricultura familiar, biossegurança, bovinocultura de leite.Resumo
Fundamentado na importância que a produção de leite tem para a agricultura familiar do sudoeste do Paraná, foi realizada uma pesquisa sobre a biossegurança em rebanhos leiteiros na agricultura familiar da região, que consistiu em um levantamento do conhecimento dos agricultores familiares sobre as práticas básicas de biossegurança adotadas. A estratégia para o desenvolvimento da pesquisa foi a aplicação de questionários pertinentes ao tema supracitado, com visitas in locu, para obter o conhecimento da realidade das propriedades e aquisição dos dados referentes à pesquisa. Observou-se um comprometimento da biossegurança nas propriedades pesquisadas, pois apesar de todas afirmarem vacinar os animais, 89% realizarem o combate de roedores e 81% fornecerem colostro para os bezerros, 36% fornecem leite de vacas com mastite e 61% leite com resíduo de antibiótico; 36% das propriedades realizavam reposição do rebanho com animais externos, mas somente uma realizava exame na aquisição destes; em 24% das propriedades existia o trânsito de animais sem controle; 85% não realizava quarentena; 56% não fazia exames laboratoriais; 48% não contavam com auxílio de médico veterinário ou técnico; 53% não adota calendário de vermifugação, mas todas realizam o controle de ectoparasitas; em 88% não existe o controle de qualidade da água; apenas 28% utilizam luvas no parto; os materiais perfurocortantes não são descartados adequadamente na maioria das propriedades; 67% destas não fazem o isolamento dos animais; em 28% não existia um destino sanitário adequado às carcaças de animais mortos. Os resultados obtidos neste estudo servem de instrumento para a elaboração de políticas públicas regionais voltadas para a bovinocultura de leite e a agricultura familiar.
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