Licenças compulsórias para exportação: Operacionalização no ordenamento jurídico argentino

Autores

  • Valentina Delich FLACSO

DOI:

https://doi.org/10.5380/rrddis.v2i4.93523

Palavras-chave:

Acordo TRIPS, Licenciamento compulsório, Propriedade intelectual,

Resumo

O presente texto enfoca o artigo 31bis do Acordo TRIPS (Acordo sobre Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio), com o objetivo de explorar sua possível implementação na Argentina. O dispositivo visa permitir o licenciamento compulsório para exportações para países terceiros sem capacidade de produção local. Embora tenham passado muitos anos desde que este sistema de licenciamento compulsório foi negociado pela primeira vez e mais de 4 anos desde que entrou em vigor, poucos países fizeram uso do mecanismo nele estabelecido. A Argentina é um país que tem a infraestrutura para produzir medicamentos e poderia potencialmente tornar-se um exportador eficiente de medicamentos; no entanto, ainda não implementou os mecanismos para fazer uso da possibilidade prevista no TRIPS. Palavras-chave: Acordo TRIPS. Licenciamento compulsório. Propriedade intelectual.

Biografia do Autor

Valentina Delich, FLACSO

Advogada, Mestre em Relações Internacionais (The American University, Washington DC), Doutora em Direito Internacional (Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires - UBA). É Diretora do Programa de Direito e Bens Públicos e Diretora da FLACSO Argentina. Professora da Faculdade de Direito (UBA) e da FLACSO Argentina. Por dez anos liderou e coordenou o Mestrado em Propriedade Intelectual da FLACSO Argentina (2007- 2017). Palestrante em seminários e conferências e consultora de governos e organizações internacionais

Referências

ABBOT, Frederick M.; REICHMAN, Jerome H. “The Doha Round’s Public Health Legacy: Strategies for the Production and Diffusion of Patented Medicines Under the Altended TRIPS Provisions”, Journal of International Economic Law 10(4), julho de 2007, 921-987, p. 937, doi:10.1093/jiel/jgm040. Acesso em: 14 out. 2022.

C.E.I.D.I.E. O debate sobre o pedido de renúncia aos direitos de propriedade intelectual do Conselho TRIPS e o entendimento proposto, 1ª edição; CEIDIE; Buenos Aires, 2022, pp.52 e seguintes http://www.derecho.uba.ar/investigacion/2022_el-debate-respecto-al-pedido-de-exencion.pdfVer IP/C/W/688 de 3 de maio de 2022: https://docs.wto.org/dol2fe/Pages/SS/directdoc.aspx?filename=q:/IP/C/W688.pdf&Open=True. Acesso em: 14 out. 2022.

CENTRO SUL, “The Doha Declaration on TRIPS and Public Health Ten Years Later: The State of Implementation”, POLICY BRIEF No. 7, 1 de novembro de 2011. Disponível em: https://www.southcentre.int/wp-content/uploads/2013/06/PB7_-Doha-Declaration-on-TRIPS- and-Health_-EN.pdf. Acesso em: 14 out. 2022.

CONVENÇÃO DE PARIS PARA A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Artigo 5. Disponível em: https://wipolex.wipo.int/es/text/288515. Acesso em: 22 out. 2022.

DECLARAÇÃO SOBRE O ACORDO TRIPS E SAÚDE PÚBLICA ADOTADA EM 14 DE NOVEMBRO DE 2001. O parágrafo 5(b) da Declaração declara: “Cada Membro tem o direito de conceder licenças obrigatórias e a liberdade de determinar as bases sobre as quais tais licenças são concedidas”. Disponível em: https://www.wto.org/spanish/thewto_s/minist_s/min01_s/mindecl_trips_s.htm. Acesso em 22 out. 2022.

Estudo OMS-OMPI-OMC - Promovendo o acesso às tecnologias médicas e à inovação: Intersecções entre saúde pública, propriedade intelectual e comércio. Disponível em https://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/who-wipo-wto_2020_e.pdf. Acesso em: 28 out. 2022.

GATT 1994. Artigo XXIII. Disponível em: https://www.wto.org/spanish/docs_s/legal_s/gatt47_02_s.htm#articleXXIII ). Acesso em: 14 out. 2022. INFOLEG. LEI 24.481 (alterada pela Lei 24.572 e Lei 24.603) e o decreto regulamentar 260/96: http://servicios.infoleg.gob.ar/infolegInternet/anexos/35000-39999/35001/texact.htm. Acesso em: 22 out. 2022.

LEE, Stacey B., “Can incentives to generic manufacturers save the Doha Declaration’s Paragraph 6?”, Georgetown Journal of International Law, vol.44, 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/262766253_Can_Incentives_to_Generic_Manufacture rs_Save_Doha’s_Parágrafo_6. Acesso em: 14 out. 2022.

MEDICAMENTOS, Envio: Centro Sul, 28 de fevereiro de 2016. Disponível em: http://www.unsgaccessmeds.org/inbox/2016/2/28/south-centerb. Acesso em: 14 out. 2022.

REDE JURÍDICA CANADIANA SOBRE HIV/AIDS, “Fixing Canada’s Access to Medicine Regimen (CAMR). Disponível em: https://www.hivlegalnetwork.ca/site/wp- content/uploads/2013/04/CAMR_QA_Oct2012-ENG.pdf. Acesso em: 14 out. 2022.

KAMPF, Roger. SPECIAL COMPULSORY LICENCES FOR EXPORT OF MEDICINES: KEY FEATURES OF WTO MEMBERS’ IMPLEMENTING LEGISLATION, World Trade Organization Economic Research and Statistics Division, julho, 2015. Disponível em: https://www.wto.org/english/res_e/reser_e/ersd201507_e.pdf. Acesso em: 22 out. 2022.

UNCTAD-ICTSD - Resource Book on TRIPS and Development, 2005. Disponível em: https://unctad.org/system/files/official-document/ictsd2005d1_en.pdf. Acesso em: 14 out. 2022.

WTO - VIAGENS: LICENÇAS ESPECIAIS OBRIGATÓRIAS PARA EXPORTAÇÃO DE MEDICAMENTOS. GUIA PARA NOTIFICAÇÕES. Disponível em: https://www.wto.org/english/tratop_e/trips_e/guidenotifications_e.pdf

Downloads

Publicado

2023-11-28

Como Citar

Delich, V. (2023). Licenças compulsórias para exportação: Operacionalização no ordenamento jurídico argentino. Revista Rede De Direito Digital, Intelectual & Sociedade, 2(4), 165–194. https://doi.org/10.5380/rrddis.v2i4.93523

Edição

Seção

Parte II - As novas fronteiras dos direitos intelectuais