Análise do artigo “Neurodireitos como direitos fundamentais”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rinc.v12i2.101427

Palavras-chave:

direitos fundamentais; neurodireitos; sociedade da informação; tecnologias da informação e comunicação (TICs); neurocapitalismo.

Resumo

O parecer analisa criticamente o artigo “Neurodireitos como direitos fundamentais”, de Emerson Gabardo e Juliana Horn Machado, destacando sua atualidade e relevância diante das transformações tecnológicas associadas ao neurocapitalismo e à quarta revolução industrial. O texto avaliado propõe a positivação dos neurodireitos como categoria autônoma no rol de direitos fundamentais, inspirando-se nas experiências do Chile e na tramitação da PEC 29/2023 no Brasil. São examinados os fundamentos constitucionais da proposta, a abrangência dos neurodireitos e os riscos decorrentes do uso de neurotecnologias invasivas. O parecer formula sugestões relativas à explicitação dos desafios regulatórios subsequentes à positivação, bem como na formulação de hipóteses do trabalho. Concluir tratar-se de contribuição relevante para o debate jurídico-constitucional contemporâneo, especialmente por sua articulação entre direito, tecnologia e dignidade humana.

Biografia do Autor

Irene Patrícia Nohara, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professora-Pesquisadora do Programa de Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo, SP, Brasil), onde leciona matérias de Direito Administrativo. Livre-Docente, Doutora e Mestre em Direito do Estado pela USP, por onde se graduou.

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Publicado

2025-05-01

Como Citar

NOHARA, Irene Patrícia. Análise do artigo “Neurodireitos como direitos fundamentais”. Revista de Investigações Constitucionais, [S. l.], v. 12, n. 2, p. e510, 2025. DOI: 10.5380/rinc.v12i2.101427. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/rinc/article/view/101427. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Pareceres de Avaliação por Pares Aberta