A IMIGRAÇÃO ESLAVA EM FILMES ARGENTINOS E BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v15i6.76840Palavras-chave:
Cinema, Memória, Imigração, ExílioResumo
Argentina e Brasil estão entre os países latino-americanos que mais receberam imigrantes eslavos entre o final do século XIX e início do século XX. O objetivo deste trabalho é refletir sobre como as narrativas acerca da imigração eslava foram elaboradas por alguns cineastas argentinos e brasileiros, descendentes de imigrantes eslavos. Conformam o corpus central deste trabalho os filmes: Los gauchos judíos (1975) dirigido por Juan José Jusid (1941), Carta a un padre (2013) dirigido por Edgardo Cozarinsky (1939) e a trilogia da imigração ucraniana no Paraná dirigida por Guto Pasko: Made In Ucrânia - Os Ucranianos no Paraná (2006), Iván (2015) e Entre nós, o estranho (2017). A ficção aqui se instaura na fratura dos indivíduos, mas também nos arquivos e nos sentidos. Esses indivíduos fraturados que surgem na tela, estão marcados por diversas formas de violências advindas de seus países originários, do exílio e das tentativas de adaptação a um contexto inóspito. A reelaboração das narrativas da imigração pelos herdeiros dos primeiros imigrantes eslavos no contexto dos dois países nos mostra, entre outras coisas, as especificidades que a imigração assumiu em cada país e as diferentes propostas de cada cineasta para lidar com a herança cultural e histórica recebida.
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