Open Journal Systems

Relação da Evidenciação do Gerenciamento de Riscos Corporativos com Desempenho Organizacional e Valorização das Ações de Empresas Brasileiras com ADRs

Ralph Fonseca Muniz de Melo, Paulo Roberto de Carvalho Nunes, Rubens Carlos Rodrigues

Resumo


O gerenciamento de riscos corporativos (GRC) vem, cada vez mais, ganhando destaque no mundo acadêmico e corporativo, sendo colocado como um importante apoio para a criação de valor das empresas. Esta pesquisa objetiva analisar a relação do gerenciamento de riscos corporativos com o desempenho organizacional e a valorização das ações das empresas brasileiras com emissão de American Depositary Receipt (ADR). Trata-se de uma pesquisa descritiva, utilizando tanto a abordagem qualitativa, por meio da análise de conteúdo e documental para identificar a evidenciação do GRC, bem como quantitativa, utilizando um modelo econométrico com dados em painel com efeitos fixos, que testou as hipóteses definidas. Em relação à evidenciação, as empresas apresentaram uma evolução entre os anos de 2017 e 2018, existindo, contudo, espaço para melhorias. Os resultados validaram existir uma relação positiva entre a evidenciação, nos relatórios anuais, do gerenciamento de riscos corporativos com o desempenho organizacional e com a valorização das ações da empresa. Este estudo contribui para reforçar a importância do gerenciamento de riscos corporativos como uma ferramenta na geração e manutenção de valor das empresas.


Palavras-chave


Gerenciamento de Riscos Corporativos; Evidenciação; Disclosure; Desempenho; Criação de Valor

Texto completo:

PDF |85-102|

Referências


Agarwal, R., & Kallapur, S. (2018). Cognitive risk culture and advanced roles of actors in risk governance: a case study. The Journal of Risk Finance.

Arena, M., Arnaboldi, M., & Palermo, T. (2017). The dynamics of (dis)integrated risk management: A comparative field study. Accounting, Organizations and Society, 1-17.

Assaf Neto, A. (2019). Valuation: métricas de valor & avaliação de empresas. São Paulo: Atlas.

Bardin, L. (2004). Análise de Conteúdo. São Paulo: Editora 70.

Baxter, R., Hoitash, R., & Yezegel, A. (2013). Enterprise Risk Management Program Quality: Determinants, Value Relevance, and the Financial Crisis. Contemporary Accounting Research, 30, 1264-1295.

Beasley, M. S., Branson, B. C., & Hancock, B. V. (2019). The State of Risk Oversight: An Overview of Enterprise Risk Management Practices. Raleigh: AICPA/ERM Initiative.

Bromiley, P., Mcshane, M., Nair, A., & Rustambekov, E. (2015). Enterprise Risk Management: Review, Critique, and Research Directions. Long Range Planning, 265-276.

Celona, J., Driver, J., & Hall, E. (2011). Value‐driven ERM: Making ERM an engine for simultaneous value creation and value protection. Journal of Healthcare Risk Management, 30(4), 15-33.

Callahan, C., & Soileau, J. (2017). Does Enterprise risk management enhance operating performance? Advances in Accounting, incorporating Advances in International Accounting, 1-18.

Cohen, J., Krishnamoorthy, G., & Wright, A. (2017). Enterprise Risk Management and the Financial Reporting Process: The Experiences of Audit Committee Members, CFOs, and External Auditors. Contemporary Accounting Research, 34, 1178-1209.

COSO. (2004). Enterprise Risk Management - Integrated Framework. New York: AICPA.

COSO. (2017). Enterprise Risk Management - Integrating with Strategy and Performance: Executive Summary, Framework and Appendices. New York: COSO.

Damodaran, A. (2017). Valuation: Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações. Rio de Janeiro: LTC.

Degenhart, L. e. (2016). Relação entre presença de comitê de gestão de risco e desempenho econômico em empresas brasileiras. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, 4-21.

Dias, A. P. (2017). ¿Auditoría más efectiva después de COSO ERM 2017 o de ISO 31000:2009? Perspectiva Empresarial, 4, 71-80.

Dickinson, G. (2001). Enterprise Risk Management: Its Origins and Conceptual Foundation. The Geneva Papers on Risk and Insurance, 360-366.

Durst, S., Hinteregger, C., & Zieba, M. (2019). The linkage between knowledge risk management and organizational performance. Journal of Business Research, 105, 1-10.

Ertugrul, M., Lei, J., Qiu, J., & Wan, C. (2017). Annual Report Readability, Tone Ambiguity, and the Cost of Borrowing. Journal of Financial and Quantitative Analysis, 52, 811-836.

Fernandes, F. C., Silva, M., & Santos, F. T. (2008). Informações sobre Gestão de Riscos nas Ians das Empresas Listadas no Novo Mercado da Bovespa. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 2, 36-55.

Filzen, J. J. (2015). The Information Content of Risk Factor Disclosures in Quarterly Reports. Accounting Horizons, 29, 887-916.

Florio, C., & Leoni, G. (2017). Enterprise risk management and firm performance: The Italian case. The British Accounting Review, 49, 56-74.

Gatzert, N., & Martin, M. (2015). Determinants and Value of Enterprise Risk Management: Empirical Evidence from the Literature. Risk Management and Insurance Review, 18, 29-53.

Gordon, L., Loeb, M., & Tseng, C. (2009). Enterprise risk management and firm performance: A contingency perspective. Account. Public Policy, 28, 301-327.

Gujarati, D. N. (2011). Econometria básica. Porto Alegre: AMGH.

Hayne, C., & Free, C. (2014). Hybridized professional groups and institutional work: COSO and the rise of enterprise risk management. Accounting, Organizations and Society, 39, 309-330.

Heinle, M. S., & Smith, K. C. (2017). A theory of risk disclosure. Review of Accounting Studies, 22, 1459-1491.

Horney, N., Pasmore, B., & O'Shea, T. (2010). Leadership agility: A business imperative for a VUCA world. Human Resource Planning, 33(4), 34.

Hoyt, R. E., & Liebenberg, A. P. (2011). The Value of Enterprise Risk Management. The Journal of Risk and Insurance, 78, 795-822.

IBGC. (2017). Gerenciamento de riscos corporativos: evolução em governança e estratégia. São Paulo: IBGC.

Jacomossi, F. A., Lunardi, M. A., & Silva, M. Z. (2020). Enterprise Risk Management e o Desempenho Empresarial: uma perspectiva contingencial. Revista Mineira De Contabilidade, 20(3), 45–58. https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2019v20n3t04 (Original work published 20º de dezembro de 2019)

Kaplan, R., & Mikes, A. (2012). Managing Risks: A New Framework. Harvard Business Review, 48-60.

Kaplan, R., & Norton, D. (2008). A Execução Premium. Rio de Janeiro: Campus.

Lopes, I. F., Beuren , I. M., & Vicente, E. F. R. (2021). Associação da Evidenciação do Gerenciamento de Riscos com Governança Corporativa e Desempenho em Empresas com ADRs. Revista Evidenciação Contábil & Finanças, 9(1), 5–21. https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2021v9n1.52215

Lundqvist, S. A. (2014). An Exploratory Study of Enterprise Risk Management: Pillars of ERM. Journal of Accounting,Auditing & Finance, 393-429.

Magro, C. B., Filipin, R., & Fernandes, F. C. (2015). Gestão de Riscos: Análise da Evidenciação de Riscos nas Concessionárias de Rodovias Listadas na Bovespa com Base na Metodologia COSO. ConTexto, 15, 57-75.

Mcshane, M. K., Nair, A., & Rustambekov, E. (2011). Does Enterprise Risk Management Increase Firm Value? Journal of Accounting, Auditing & Finance, 641-658.

Ping, T., & Muthuveloo, R. (2015). The Impact of Enterprise Risk Management on Firm Performance: Evidence from Malaysia. Asian Social Science, 11, 149-159.

Pinheiro, A. B., Sampaio, T. S. L., Rodrigues, R. C., & Batistella, A. J. (2022). Democracy, corruption and civil liberties: Does national context influence corporate carbon disclosure?. Revista de Administração da UFSM, 15, 434-452

Pinheiro, A. B., Panza, G. B., Berhorst, N. L., Toaldo, A. M. M., & Segatto, A. P. (2023). Exploring the relationship among ESG, innovation, and economic and financial performance: evidence from the energy sector. International Journal of Energy Sector Management.

Porter, M. (1996). What is Strategy, Harvard Business Review, November-December.

Quon, T. K., Zeghal, D., & Maingot, M. (2012). Enterprise risk management and firm performance. Procedia - Social and Behavioral Sciences, 263-267.

Richard, P. J., Devinney, T. M., Yip, G. S., & Johnson, G. (2009). Measuring Organizational Performance: Towards Methodological Best Practice. Journal of Management, 35, 718-804.

Rochette, M. (2009). From risk management to ERM. Journal of Risk Management in Financial Institutions, 2, 394-408.

Roychowdhury, S., Shroff, N., & Verdi, R. (2018). The Effects of Financial Reporting and Disclosure on Corporate Investment: A Review. Work Paper. Boston College.

Santos, J. G., & Coelho, A. C. (2018). Value-relevance do disclosure: fatores e gestão de riscos em firmas brasileiras. Revista de Contabilidade e Finanças - USP, 29, 390-404.

Shubik, M. (1954). Information, Risk, Ignorance, and Indeterminacy. The Quarterly Journal of Economics, 68, 629-640.

Silva, J. R., Silva, A. F., & Chan, B. L. (2019). Enterprise Risk Management and Firm Value: Evidence from Brazil. Emerging Markets Finance & Trade, 687-703.

Trautman, L., & Kimbell, J. (2018). Bribery and Corruption: The Coso Framework, FCPA, and U.K. Bribery Act. Florida Journal of International Law, 30, 191-246.

Verrecchia, R. (2001). Essays on Disclosure. Accounting Papers. University of Pennsylvania.

Vieira, S. (2019). Fundamentos de estatística. São Paulo: Atlas.

Viscelli, T. R., Hermanson, D. R., & Beasley, M. S. (2017). The Integration of ERM and Strategy: Implications for Corporate Governance. Accounting Horizons, 31, 69-82.

Zonatto, V. C., & Beuren, I. M. (2012). Evidenciação das Características Básicas Recomendadas pelo COSO (2004) para a Gestão de Riscos em Ambientes de Controle no Relatório da Administração de Empresas Brasileiras com ADRs. Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 77-98.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rcc.v16i1.91327