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Ilhas de calor urbanas e conforto térmico humano em cidades de porte médio: estudo aplicado em Juiz de Fora (MG)

Christian Ricardo Ribeiro, Alec Ponte Gonçalves, Fabrício Pires Bastos

Resumo


A pesquisa baseou-se na proposta teórico-metodológica de Monteiro (1976) para o estudo do Sistema Clima Urbano em Juiz de Fora, cidade que conheceu um intenso processo de crescimento demográfico e de expansão urbana nas últimas décadas. O foco da pesquisa é o subsistema termodinâmico, cujo canal de percepção inclui a investigação a respeito das ilhas de calor urbanas. A coleta de dados de temperatura e de umidade relativa do ar foi realizada através de transecto móvel em cinco dias do verão de 2014, no mês de janeiro. Os dados coletados foram devidamente organizados e tratados, procedendo-se posteriormente à elaboração das cartas de isotermas e de isoígras. A análise dos dados e das cartas demonstrou a formação de ilhas de calor da ordem de até 7,6oC no período considerado, com um maior aquecimento na área central, caracterizada pela localização no vale principal do Rio Paraibuna, pela incipiente cobertura vegetal arbórea, pela grande densidade demográfica e habitacional e pelo intenso e constante fluxo diário de veículos. Os dados coletados permitiram também o cálculo do Índice de Desconforto e da Temperatura Efetiva e a sua classificação com base na distribuição das zonas de conforto para diferentes graus de percepção térmica e as suas respostas fisiológicas. Posteriormente, procedeu-se à correlação das zonas de conforto com os condicionantes geoecológicos e geourbanos. A análise demonstra a produção de zonas de desconforto térmico que podem produzir um nível de estresse fisiológico caracterizado pela ocorrência de vasoconstrição (sensação térmica "ligeiramente fresco") ou vasodilatação (sensação térmica "ligeiramente quente").


Palavras-chave


clima urbano; ilhas de calor urbanas; conforto térmico humano



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v45i1.51262