Open Journal Systems

CARTOGRAFIA GEOMORFOLÓGICA COMO SUBSÍDIO PARA A ANÁLISE DAS INTERFERÊNCIAS DO USO DA TERRA NO DESENCADEAMENTO DOS PROCESSOS EROSIVOS: UM ESTUDO EM ÁREA CANAVIEIRA.

Alan SILVEIRA, Cenira Maria Lupinacci da CUNHA

Resumo


O trabalho teve como objetivo principal analisar a dinâmica geomorfológica e sua relação com a interferência e apropriação humana do relevo, mediante a interpretação de forma integrada, perante uma abordagem sistêmica, de documentos cartográficos elaborados a partir de técnicas da cartografia geomorfológica e de uso da terra. Por meio de pares estereoscópicos de fotografias aéreas foram elaborados as Cartas Geomorfológica e de Uso da Terra, respectivamente fundamentadas nos procedimentos técnicos de Tricart (1965) e Ceron e Diniz (1966). A unidade de análise da pesquisa refere-se à Bacia do Ribeirão Tijuco Preto (SP) que se encontra posicionada na Província Geomorfológica da Depressão Periférica Paulista, estabelecendo-se entre as latitudes 22º42’17’’e 22º51’’36’’ S, e as longitudes 47º30’30’’ e 47º37’03’’. De forma geral, pôde-se constatar que esta Bacia vem sofrendo o desencadeamento de processos erosivos lineares, onde foram mapeados em grande número sulcos erosivos, ravinamentos e voçorocamentos, além de inúmeras rupturas de declive. Tais processos estão associados a uma conjunção de condicionantes, onde o condicionante antrópico está majoritariamente representado pela monocultura canavieira e pela urbanização, sendo agentes cruciais no desencadeamento dos processos erosivos e na interferência direta na dinâmica do escoamento fluvial e pluvial da Bacia do Ribeirão Tijuco Preto. 

Palavras-chave


dinâmica geomorfológica; uso da terra; processo erosivo; monocultura canavieira

Texto completo:

PDF

Referências


ALMEIDA, F.F.M. Fundamentos Geológicos do Relevo Paulista. Boletim do Instituto Geográfico Geológico. São Paulo, n.41, p. 167-263, 1964.

CHIRSTOFOLETTI, A. Análise de Sistemas em Geografia. São Paulo: HUITEC, 1979.

CHRISTOFOLETTI, A. A Aplicabilidade do Conhecimento Geomorfológico nos Projetos de Planejamento. In: GUERRA, A.J.T.; CUNHA, S.B.C (Org.). Geomorfologia –Uma Atualização de Bases e Conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo: Edgard Blucher, 1999.

CHORLEY, R.J.; KENNEDY, B.A. Physical Geography: a systems approach. Londres: Prentice Hall, 1971.

CUNHA, C.M.L. ACartografia do Relevo no Contexto da Gestão Ambiental.2001. Tese (Doutorado em Geociências e Meio Ambiente) –Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Unesp, 2001.

CUNHA, C.M.L; MENDES, I.A.; SANCHEZ, M.C.l. A Cartografia do Relevo: Uma Análise Comparativa de Técnicaspara a Gestão Ambiental. Revista Brasileira de Geomorfologia,Uberlândia, ano 4, n. 1, p. 01-09, 2003a.

CUNHA, C.M.L; MENDES, I.A.; SANCHEZ, M.C. Técnicas de Elaboração, Possibilidades e Restrições de Cartas Morfométricas na Gestão Ambiental. Geografia,Rio Claro, v.28, n. 3, p. 415-429, 2003b.

DEFFONTAINES, P. Regiões e paisagens do Estado de São Paulo. Primeiro esboço de divisão regional. Geografia,São Paulo, ano 1, n.2, p.117-169, 1935.

EMBRAPA, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos.Brasília: DF, 1999.

IF, INSTITUTO FLORESTAL. Plano de manejo da Estação Experimental de Tupi –Piracicaba, SP. Série Registros, São Paulo, n.19, p.1-61, 1999.

IGG, INSTITUTO GEOGRÁFICO E GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.Folha Geológica de Piracicaba (SF 23-M 300), escala 1:100.000, 1966.

IAC, INSTUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS.Carta Pedológica Semi-Detalha do Estado de São Paulo: Folha de Piracicaba (SF.23-Y-A-IV), escala 1:100.000, 1989.

IPT, INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA.Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo.São Paulo: IPT, 1981a.

IPT, INSTITUTO DE PESQUISA TÉCNOLÓGICA.Mapa Geológico do Estado de São Paulo.São Paulo: IPT, 1981 b.

MATTOS, S.H.V.L. de; PEREZ FILHO, A. Complexidade e Estabilidade em Sistemas Geomorfológicos: uma introdução ao tema. Revista Brasileira de Geomorfologia.Goiânia, ano 5, n.1, p.11-18, 2004.

PENTEADO, M.M. Geomorfologia do Setor Centro-Ocidental da Depressão Periférica.São Paulo: IGEOG/USP, 1976. (Série Teses e Monografias, n.22).

PROCHNOW, M.C.R. Análise Ambiental da Sub-Bacia do Rio Piracicaba: Subsídio ao seu Planejamento e Manejo.Tese (Doutorado e Geografia) -Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Unesp, 1994.

ROSS, J.L.S. Ecogeografia do Brasil: Subsídio para PlanejamentoAmbiental.São Paulo: Oficina de Textos, 2006.SILVA, D.A.; PFEIFER, R.M. Zoneamento de Uso das Terras da Estação Experimental de Tupi-SP.Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v.10, n. 1, p. 23-38, 1998.

TRICART, J. Principes et Méthodes de la Geomorphologie.Paris: Masson et Cie, 1965.

VERSTAPEN, H.T.; ZUIDAM, R.A. Van ITC System of Geomorphological Survey. Netherlands, Manuel ITC Textbook, Vol. VII, Chapter VII, 1975. VICENTE, L.E; PEREZ FILHO, A. Abordagem Sistêmica em Geografia.Geografia.Rio Claro, v.28, n.3, p. 323-344, 2003.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v21i0.16739