Impacto da implantação do BRT na arborização da região central de Palmas, Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v46i0.55981Palavras-chave:
impacto ambiental, sistema BRT, cidades sustentáveis, áreas verdes urbanas, mobilidade urbanaResumo
O crescimento acelerado e desordenado das cidades contribui para o aumento da degradação ambiental desencandeada principalmente pela falta de infraestrutura básica, fragmentação e perda de habitat. Todos estes fatores culminam na perda de biodiversidade e diminuição da qualidade de vida dos munícipes. Neste contexto, a manutenção de áreas verdes nos centros urbanos torna-se indispensável para minimizar os efeitos da urbanização sobre o meio ambiente e a população urbana, uma vez que desempenham diversos serviços ambientais, tais como paisagísticos, ecológicos, climáticos, recreativos e psicológicos. Desta forma, avaliou-se neste trabalho o impacto da implantação do sistema de transporte coletivo BRT sobre a arborização da parte central do canteiro da Avenida Teotônio Segurado em Palmas, Tocantins, discutindo seus efeitos sobre a estrutura ecológica urbana e os serviços ambientais. Analisamos ainda uma proposta alternativa de traçado da canaleta de circulação do BRT visando a reduzir o seu impacto sobre a arborização local. Foram inventariados 3.980 indivíduos arbóreos de 112 espécies nessa avenida, totalizado 72,64 ind./ha. O impacto sobre a arborização do projeto original da canaleta de circulação do BRT para a área central da via é cerca de 30% maior do que o traçado alternativo proposto neste trabalho, sendo suprimidos pelo menos 456 indivíduos arbóreos. Em termos de composição e importância biológica e ecológica, o traçado do projeto original ocasionará a supressão de 23 espécies nativas do cerrado a mais quando comparado ao traçado alternativo. Os impactos sobre a arborização do projeto original das canaletas de circulação do BRT implicam na perda de diversos serviços ambientais proporcionado pela vegetação da Av. Teotônio Segurado, dentre os quais a amenização da poluição do ar e sonora, a diminuição das ilhas de calor, a melhoria da qualidade de vida e a manutenção e dispersão de espécies, sendo o traçado alternativo proposto a opção ambiental e socioeconomicamente mais viável.
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