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Ecodesenvolvimento, desenvolvimento sustentável e economia ecológica: em que sentido representam alternativas ao paradigma de desenvolvimento tradicional?

Brena Paula Magno Fernandez

Resumo


 

As razões pelas quais um determinado paradigma é escolhido em detrimento de outro não são apenas teóricas, mas também epistemológicas. Esse amálgama teórico-epistemológico, por sua vez, favorece um determinado tipo de propostas de desenvolvimento econômico. A economia neoclássica está estreitamente vinculada ao positivismo – lógico – (enquanto perspectiva epistemológica) e favorece a concepção de que o crescimento econômico virtualmente ilimitado seria condição necessária para o desenvolvimento econômico. A confiança de que o crescimento econômico medido em termos do aumento do PIB (per capita) seja uma boa medida de desenvolvimento reflete e exemplifica o domínio do mainstream em Economia em todos os três níveis: epistemológico/metodológico, teórico e pragmático/político. Quando confrontado com a necessidade de um Desenvolvimento Sustentável, por exemplo, ou com a persistência (ou mesmo o acirramento) do abismo econômico entre Norte e Sul, os limites do paradigma dominante se acentuam. Neste artigo, argumentamos que, a fim de suplantar este estado de coisas, as alternativas ao mainstream devem ser discutidas e articuladas em todos os três níveis supramencionados e que esse objetivo vem sendo perseguido pela proposta do Ecodesenvolvimento/Desenvolvimento Sustentável.



Palavras-chave


ecodesenvolvimento; desenvolvimento sustentável; economia ecológica.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v23i0.19246