Morreu mas passa bem: o fonema como última revolução fonológica
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v108i0.89839Palavras-chave:
fonema, revolução científica, mudança gestáltica.Resumo
O objetivo deste trabalho é realizar uma reflexão sobre a existência ou não de uma revolução científica nos estudos fônicos. Faz-se necessário que se reflita com mais atenção sobre a adoção de primitivos de análise de alguma proposta teórica e para averiguar, de certa forma, a situação dos programas de pesquisa das teorias disponíveis. Assim, pretende-se uma análise pautada na filosofia da ciência (KUHN, 1997) e na filosofia da linguística (BORGES NETO, 2004). A análise aqui não é de natureza teórica; e sim, filosófica. Isto é, trata-se de um questionamento e não uma disputa entre teorias. Uma revolução científica faz com que a realidade passe a ser encarada de outra forma, promove-se uma mudança gestáltica: o que era fundo passa a ser figura; e o que era figura, fundo (KUHN, 2006). Diante disso, questiona-se se houve mudança gestáltica ao se adotar o traço gerativo-transformacional ou com o gesto em detrimento do fonema. Nossa reflexão, concluímos que, independentemente da natureza do traço ou do gesto, o fonema segue vivo. A mudança gestáltica ocorre ao se adotar o fonema, dada a sua simbólica, abstrata. Um indício disso é que o fonema funciona muito bem na implementação tecnológica de reconhecimento automático de fala.
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