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O PROBLEMA DA SINTAXE EM MATTOSO CÂMARA: explorando alguns papeis de arquivo sobre o assunto

Francivaldo Lourenço da Silva

Resumo


Swiggers (2019) classifica a necessidade de obter mais e melhores informações sobre fontes não publicadas e vários tipos de textos-fonte “não canônicos” (trabalhos manuscritos, correspondência, rascunhos, notas preparatórias etc.) como problema relacionado a condições heurísticas da Historiografia da Linguística. Por sua vez, Auroux (2021) afirma, na perspectiva da História das Ideias Linguísticas, que as representações supõem os objetos; define, então, o que chama de domínio de objetos históricos: é ele um conjunto qualquer de entidades suscetíveis de ser o apoio empírico do trabalho do historiador. Nestas coordenadas teóricas situamos nossa investigação sobre a representação da frase e da sintaxe no entre séculos XIX e XX, a partir do pensamento linguístico de Mattoso Câmara e da observação dos processos de textualização presentes em documentos seus não publicados, encontrados no Arquivo Mattoso Câmara localizado na Universidade Católica de Petrópolis (UCP), que têm por tema estas ideias linguísticas. Analisamos estes documentos com base no duplo interesse dos arquivos privados dos cientistas: documental e processual (Fenoglio, 2012; Testenoire, 2016); de modo a evidenciar o lugar das reflexões linguísticas brasileiras na história da sintaxe, bem como analisar qual teria sido a contribuição de Mattoso Câmara para essa história, caso tivesse levado a termo seu projeto de uma Tese sobre Sintaxe Portuguesa (P.I. Estudos – N. 64).   

Palavras-chave


Sintaxe; Mattoso Câmara; História das Ideias Linguísticas.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v108i0.89655