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Uma história dos nominais nus: o português brasileiro e as línguas indígenas brasileiras

Roberta Pires de Oliveira

Resumo


Seguindo metodologicamente Partee (2005) e Ilari (2018), o artigo conta uma história dos nominais nus de dentro da Semântica Formal das Línguas Naturais. Esse programa de pesquisa em semântica das línguas naturais inicia na década de 70 no contexto do programa gerativo e em conversa estreita com a filosofia da linguagem ordinária (Partee 2005, 2014, Kratzer 2020, 2021). A história dos nominais nus Dogs bark começa com Carlson (1977). De lá para cá houve uma explosão de conhecimento sobre os sistemas nominais através das línguas, impulsionado em grande parte pelos Parâmetros Semânticos: o parâmetro do nome (Chierchia 1998), o parâmetro do número (Chierchia 2010, 2015) e o parâmetro dos numerais (Chierchia 2021). As pesquisas sobre os nominais nus no PB, em especial sobre o Singular Nu como em Cachorro late (Ferreira no prelo), foco deste artigo, e mais ainda sobre as línguas indígenas brasileiras são fundamentais nessa história (Lima 2014; Lima e Rothstein 2020) que desemboca em questões sobre cognição e gramática,  na década de 20 no século 21 (Rothstein 2021, Chierchia 2021). O artigo mostra a importância da pesquisa nacional para a semântica contemporânea.

 


Palavras-chave


Português Brasileiro; Nominais nus; Massa e contável; Línguas indígenas brasileiras

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v104i1.84134