Nomes próprios não são primitivos da sintaxe: uma proposta de como dar nome(s) às estruturas

Autores

  • Mauricio Sartori Resende Universidade São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v103i1.80193

Palavras-chave:

Nomes próprios, Antropônimos, Morfologia Distribuída.

Resumo

o presente trabalho discute propriedades semânticas, sintáticas e morfológicas dos nomes próprios no português brasileiro sob a perspectiva formal. Especificamente, este artigo investiga, com detalhe, as diferentes leituras associadas aos antropônimos em português e a forma elas são restringidas pelos diferentes expedientes sintáticos. Além disso, valendo-se dos pressupostos da Morfologia Distribuída (HALLE & MARANTZ, 1993), este estudo propõe uma forma de derivar as diferentes estruturas dos nomes próprios, com suas diferentes leituras, levando em conta, ainda, propriedades de sua estrutura vocabular interna. Em síntese, este artigo defende que os antropônimos constituem evidência empírica robusta contra a assunção/análise de itens lexicais (cujas propriedades sintáticas e semânticas são definidas antes da sintaxe) e ainda mostram que modelos de morfologia baseados em palavra (em oposição aos baseados em morfema) têm dificuldade para acomodar propriedades bastante naturais dessa classe nominal.

Biografia do Autor

Mauricio Sartori Resende, Universidade São Paulo

Atualmente pós-doutorando em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP), é doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestre em Linguística pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), bacharel em Linguística e licenciado em Letras Português pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem experiência no ensino de Português como Segunda Língua e no ensino de Latim e atua também como tradutor técnico inglês-português na área de Linguística. Além disso, tem interesse por teoria e análise linguística, trabalhando com o modelo da Morfologia Distribuída e com as ferramentas da Semântica Formal. Seus principais temas de pesquisa são: processos de formação de palavras, modais, aquisição de morfologia, linguística diacrônica do português.

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Publicado

2021-12-22

Como Citar

Resende, M. S. (2021). Nomes próprios não são primitivos da sintaxe: uma proposta de como dar nome(s) às estruturas. Revista Letras, 103(1). https://doi.org/10.5380/rel.v103i1.80193

Edição

Seção

V Colóquio Brasileiro de Morfologia