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A experiência transatlântica: romances que viajam, viajantes que escrevem romances

Valéria Augusti

Resumo


Este artigo parte da problemática do transporte dos livros na Europa Ocidental para discuti-la no contexto transatlântico das rotas estabelecidas entre a Europa e a região Norte do Brasil no século XIX. Demonstra que a circulação do livro europeu em território paraense foi garantida por mudanças importantes na legislação de navegação de cabotagem brasileira, que suscitaram a criação de rotas transatlânticas ligando os portos de Liverpool, Havre, Porto e Lisboa a Belém do Pará. Graças a essas rotas, o Grêmio Literário Português, instalado em 1867 na capital da província do Pará, recebeu quantidade significativa de romances franceses. Parcela desses romances resultaram da experiência de seus autores em territórios colonizados por países  europeus. Tenho isto em vista, parte da biografia desses autores franceses para para discutir o intenso diálogo entre relatos de viagem e a ficção e a disputa de ambos por um público leitor ávido por notícias de territórios desconhecidos. 



Palavras-chave


História Cultural

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v100i0.69073