A experiência transatlântica: romances que viajam, viajantes que escrevem romances

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v100i0.69073

Palavras-chave:

História Cultural

Resumo

Este artigo parte da problemática do transporte dos livros na Europa Ocidental para discuti-la no contexto transatlântico das rotas estabelecidas entre a Europa e a região Norte do Brasil no século XIX. Demonstra que a circulação do livro europeu em território paraense foi garantida por mudanças importantes na legislação de navegação de cabotagem brasileira, que suscitaram a criação de rotas transatlânticas ligando os portos de Liverpool, Havre, Porto e Lisboa a Belém do Pará. Graças a essas rotas, o Grêmio Literário Português, instalado em 1867 na capital da província do Pará, recebeu quantidade significativa de romances franceses. Parcela desses romances resultaram da experiência de seus autores em territórios colonizados por países  europeus. Tenho isto em vista, parte da biografia desses autores franceses para para discutir o intenso diálogo entre relatos de viagem e a ficção e a disputa de ambos por um público leitor ávido por notícias de territórios desconhecidos. 


Biografia do Autor

Valéria Augusti, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutorado em Teoria e História Literária

Professora da Faculdade de Letras e do programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Pará

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Publicado

2020-07-22

Como Citar

Augusti, V. (2020). A experiência transatlântica: romances que viajam, viajantes que escrevem romances. Revista Letras, 100. https://doi.org/10.5380/rel.v100i0.69073

Edição

Seção

A literatura brasileira do século XIX em debate: novos objetos, novas metodologias, novas interpretações