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Álvares de Azevedo entre o crítico literário e o construtor de sua própria poética

Patrícia Aparecida Guimarães de Souza

Resumo


Álvares de Azevedo refletiu sobre a história e a teoria da literatura em toda sua produção poética. Além disso, produziu “Estudos Literários” com tal objetivo. O poeta indicou os autores com os quais dialogava e delineou o projeto literário no qual buscava se inserir. O presente artigo analisará o Estudo “Alfred de Musset – Jacques Rolla”, em que Álvares de Azevedo traça um perfil do romântico francês; traduz e analisa longos trechos do poema narrativo citado no título; e, por fim, faz uma análise da questão da descrença em Voltaire, Byron, Shelley e Musset. Seguindo o caminho traçado por Álvares de Azevedo, o artigo versará sobre como, na apresentação de Musset e no elogiou a determinados aspectos de sua produção artística, o poeta brasileiro aponta para a própria produção; fazendo o mesmo com a escolha dos trechos que mereciam ser traduzidos ou aprofundados em “Jacques Rolla” e, ao final, mostrando como ele próprio entendia a questão da descrença e, também, a obra de Voltaire, Byron e Shelley, vistos como precursores de Musset nesta temática. Destaca-se o papel de Álvares de Azevedo como leitor ativo e autor reflexivo de sua obra, não mero receptor da literatura europeia e escritor “influenciado” por temas alheios.


Palavras-chave


Álvares de Azevedo; Alfred de Musset; estudos literários.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v100i0.68878