Álvares de Azevedo entre o crítico literário e o construtor de sua própria poética

Autores

  • Patrícia Aparecida Guimarães de Souza USP

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v100i0.68878

Palavras-chave:

Álvares de Azevedo, Alfred de Musset, estudos literários.

Resumo

Álvares de Azevedo refletiu sobre a história e a teoria da literatura em toda sua produção poética. Além disso, produziu “Estudos Literários” com tal objetivo. O poeta indicou os autores com os quais dialogava e delineou o projeto literário no qual buscava se inserir. O presente artigo analisará o Estudo “Alfred de Musset – Jacques Rolla”, em que Álvares de Azevedo traça um perfil do romântico francês; traduz e analisa longos trechos do poema narrativo citado no título; e, por fim, faz uma análise da questão da descrença em Voltaire, Byron, Shelley e Musset. Seguindo o caminho traçado por Álvares de Azevedo, o artigo versará sobre como, na apresentação de Musset e no elogiou a determinados aspectos de sua produção artística, o poeta brasileiro aponta para a própria produção; fazendo o mesmo com a escolha dos trechos que mereciam ser traduzidos ou aprofundados em “Jacques Rolla” e, ao final, mostrando como ele próprio entendia a questão da descrença e, também, a obra de Voltaire, Byron e Shelley, vistos como precursores de Musset nesta temática. Destaca-se o papel de Álvares de Azevedo como leitor ativo e autor reflexivo de sua obra, não mero receptor da literatura europeia e escritor “influenciado” por temas alheios.

Biografia do Autor

Patrícia Aparecida Guimarães de Souza, USP

Doutorando no Programa de Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e vernácula da USP. 

Mestra pelo programa de História Social do Departamento de História da USP.

Bacharel e licenciada em História pela USP.

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Publicado

2020-07-22

Como Citar

Souza, P. A. G. de. (2020). Álvares de Azevedo entre o crítico literário e o construtor de sua própria poética. Revista Letras, 100. https://doi.org/10.5380/rel.v100i0.68878

Edição

Seção

A literatura brasileira do século XIX em debate: novos objetos, novas metodologias, novas interpretações