A paixão segundo G.H. – uma forma de tecer o impossível

Autores

  • Fernanda Ribeiro Marra Universidade de Brasília - UnB

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v98i0.60025

Palavras-chave:

Clarice Lisoector, corpo, margem, literatura

Resumo

Este artigo discute como o romance A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, faz de um relato ficcional a forma com que uma experiência singular e inenarrável é moldada. Trata-se de formular como esse corpo linguístico foi confeccionado a partir do idioma e de uma forma feita literária sem encontrar respaldo no léxico e na sintaxe. Em outros termos, partindo da concepção de língua e literatura de Jacques Derrida, bem como da noção espacial de heterotopia proposta por Michael Foucault, esta leitura propõe que a literatura em questão se vale da desconstrução da língua, dos elementos da forma narrativa e da fixidez que separa ficção e realidade para de-limitar, isto é, para servir de corpo ao informe descontínuo de um acontecimento, cuja membrana porosa é dada às trocas entre as instâncias imanentes dessa obra e aos intercâmbios entre ficção e a (mal)dita realidade.

Biografia do Autor

Fernanda Ribeiro Marra, Universidade de Brasília - UnB

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária – PósLit da Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2019-11-05

Como Citar

Marra, F. R. (2019). A paixão segundo G.H. – uma forma de tecer o impossível. Revista Letras, 98. https://doi.org/10.5380/rel.v98i0.60025

Edição

Seção

Número temático: As muitas coisas de Clarice Lispector