A metáfora nos sermões de Antonio Vieira: do argumentativo ao sacro-literário

Autores

  • Murilo Cavalcante Alves Universidade Federal de Alagoas - UFAL

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v97i0.56718

Palavras-chave:

Sermões de Antonio Vieira. Argumentação. Metáfora.

Resumo

Seggundo a Retórica Clássica, as figuras de estilo, tais como a antítese, a hipérbole e a metáfora, dentre outras, na medida em que contribuem para o movere - ao suscitar uma emoção, o docere - ao transmitir um conhecimento, e o delectare - ao proporcionar prazer, são também retóricas, por exprimirem argumentos, condensando-os e tornando-os mais expressivos. Desse modo, o presente artigo incursiona pela utilização da metáfora nos sermões de Antonio Vieira, como criadora de sentido, com o objetivo de identificar sua natureza e função. Desse modo, visualiza a metáfora não apenas como elemento estético, mas também discursivo, se bem que a análise dessa figura se subordine a uma análise prévia dos argumentos. Pressupõe, portanto, a utilização de tal recurso como, inicialmente, argumentativa, de acordo com o que preceitua a Retórica Antiga, mas estende sua percepção para sua possível autonomização, por conta das derivações em que incorre ao integrar campos semânticos diferenciados. Para isso, a pesquisa recorreu aos estudiosos dessa questão, como Araújo (2013), Cantel (1959), Curtius (1979), Gontijo, Massimi (2014), Muraro (2003), Oliveira (2008), Saraiva (1980), dentre outros.

Biografia do Autor

Murilo Cavalcante Alves, Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Professor Adjunto de Literatura da Faculdade de Letras - FALE - Universidade Federal de Alagoas - UFAL

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Publicado

2018-07-27

Como Citar

Alves, M. C. (2018). A metáfora nos sermões de Antonio Vieira: do argumentativo ao sacro-literário. Revista Letras, 97. https://doi.org/10.5380/rel.v97i0.56718

Edição

Seção

Número temático (97): Retórica e Alteridade