DOUTOR FAUSTO, ENAMORADO DO MUNDO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v70i0.4852Palavras-chave:
Fausto, Christopher Marlowe, Teatro elisabetanoResumo
O mito de Fausto, que viria a se tornar o maior mito literário moderno de ocorrência universal, surgiu na Alemanha da primeira metade do século XVI, com o personagem real Georg Faust, verdadeira combinação de médico e saltimbanco. Porém, seria com a obra de Christopher Marlowe, A trágica história da vida e da morte do Doutor Fausto, que iria assumir as dimensões que passaria a ter em toda a literatura européia. Neste drama, Marlowe retoma vários elementos do teatro medieval, sobretudo das moralidades, para recriá-los e, de certo modo, subvertê-los, expressando com eles suas próprias concepções acerca da moral e da religiosidade, muito distantes dos preceitos católicos que fizeram de tal teatro um instrumento de doutrinação. Mais importante do que isso, Marlowe apropriou-se de recursos de um teatro que era didático em sua origem, transfigurando-os para com eles expressar os conflitos interiores de seu personagem, conferindo-lhe assim uma dimensão humana que seria a marca do teatro elisabetano e fornecendo-lhe as feições que fariam de Fausto um dos mitos fundadores do homem moderno.
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