História e memória em María Rosa Lojo (Tributo a Marilene Weinhardt)
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v94i1.48506Palavras-chave:
narrativa ficcional histórica, literatura, memória, história, María Rosa Lojo.Resumo
Há mais de três décadas Marilene Weinhardt vem se dedicando às nebulosas relações entre os discursos histórico e ficcional, tratando de traçar uma cartografia das fronteiras entre literatura e história. Nesse sentido, realizou uma sólida reflexão sobre a questão, partindo de textos teóricos originados em vários quadrantes, canalizando-os para a realidade latino-americana, no caso daqueles produzidos em outros contextos. A contribuição mais significativa, porém, é sua aplicação na leitura de um importante corpus literário produzido nas últimas décadas no âmbito da literatura brasileira. Tais leituras, mais que entender as intricadas relações temáticas (e também formais), entre literatura e história, tratam de “dar conta de facetas da realidade brasileira e contribuir na delimitação dos esfumaçados contornos da identidade nacional” (WEINHARDT, 2002, p. 158). A partir desse legado teórico, o presente trabalho faz uma leitura panorâmica da obra de María Rosa Lojo (1954), seguindo as trilhas dos elementos históricos e da memória cultural argentina figurados na obra da escritora. Filha de exilados espanhóis que se fixaram na Argentina onde ela nasceu num interessante entrelugar cultural, ela vem produzindo há três décadas uma obra multifacetada que circula entre a ficção, a história e a memória, num variado entretecido de formas e temas. Ler Maria Rosa Lojo pela ótica do pensamento crítico de Marilene Weinhardt é um exercício de literatura comparada que enriquece o pensamento dessas duas latino-americanas ilustres, demonstrando que a integração cultural platina deixa de ser uma quimera para transformar-se numa realidade pujante.
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