As personagens autorreflexivas de Pirandello: ser ou parecer?
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v91i0.39852Palavras-chave:
Pirandello, Representação, PersonagemResumo
Descendente do Verismo italiano, Luigi Pirandello se destacou no cenário da dramaturgia e da literatura italianas do final do século XIX e início do XX. No que se refere à representação, evidencia-se, em sua obra, uma importante diferença entre ele e seus predecessores: enquanto as personagens veristas pretendiam ser cópias do real, apontando para um determinado modelo humano do qual acreditavam ser as intérpretes, as criações pirandellianas denunciaram o mundo e o homem, apresentando-se como construtos submetidos exclusivamente à linguagem, e não como imitações de uma suposta realidade. A abordagem metodológica empregada neste trabalho é a análise de algumas obras de Pirandello, incluindo romances e peças teatrais, com o intuito de observarmos a trajetória transformativa de suas personagens e as características comuns que as aproximam. Foi possível constatarmos, dessa forma, o surgimento de seres ficcionais metateatrais, autorreflexivos, que não aceitam ter outro rosto que não o da ficção, configurando-se, dessa forma, na própria antítese ao Naturalismo.
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