Transparência morfológica, composicionalidade semântica e reanálise estrutural em verbos do português
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v91i0.39844Palavras-chave:
transparência morfológica, composicionalidade semântica, reanálise estrutural.Resumo
O objetivo deste artigo é investigar formações verbais parcialmente transparentes, no que diz respeito à estrutura morfológica, e duvidosas quanto ao fato de serem semanticamente composicionais. Dentre os 53 verbos estudados, alguns exemplos são: atrair, extrair e embutir. Como resultado do estudo, apresentamos uma proposta de classificação empírica em subtipos verbais de acordo com o grau de transparência morfológica e a contribuição semântica dos possíveis prefixos e das raízes que os formam, a saber: verbos parcialmente transparentes com raiz inativa; verbos parcialmente transparentes com raiz ativa não-analisáveis; verbos parcialmente transparentes com raiz ativa analisáveis. A classificação se baseia, sobretudo, em evidência empíricas morfológicas. A análise para os casos de mudança, largamente conhecidos como casos de lexicalização, se baseia na ideia de reanálise estrutural em uma abordagem sintática para formação de palavras. Mostramos que existe um continuum entre as formações completamente fossilizadas, reanalisadas como simples, as formações em processo de mudança, e comparamos esse processo ao processo de desaparecimento de preverbos e sugerimos que essa mudança pode ser explicada em termos de perda de estrutura nos termos de Roberts e Roussou (2003).
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