A literatura na interpretação do Brasil e de Portugal segundo Antonio Candido e Eduardo Lourenço
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v90i2.37437Palavras-chave:
Ciências Humanas, Letras, LiteraturaResumo
Portugal e Brasil têm em comum uma língua e um passado. Apesar desse vínculo, quando se estuda a literatura dos dois países, seja no Brasil, seja em Portugal, a tendência é a de se separarem as produções, como se de duas séries literárias distintas se tratasse. Sem nos aprofundarmos nos motivos para tal, vale lembrar o papel de um texto como “Literatura e cultura de 1900 a 1945”, de Antonio Candido, na constituição de um distanciamento entre os dois países, marcado pelo esforço brasileiro de independência da matriz portuguesa, que se teria consolidado plenamente na altura do movimento modernista. O artigo de Candido atribui um papel central à literatura, que transcende os limites do campo estético para ser instrumento da construção da auto-imagem nacional. Apesar do distanciamento no que diz respeito à crítica literária praticada nos dois países, é possível observar, em um artigo como “Da literatura como interpretação de Portugal”, de Eduardo Lourenço, um esforço análogo ao de Candido quando coloca a literatura naquela posição privilegiada. A este artigo interessará discutir os pontos de contato e de afastamento dos dois críticos em suas abordagens do literário como instância de reflexão privilegiada acerca da cultura e das identidades nacionais brasileira e portuguesa.
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