E foram felizes para sempre(?): reflexões sobre casamento e (in)felicidade nas literaturas balzaquiana e camiliana
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v88i1.31348Palavras-chave:
Honoré de Balzac, Camilo Castelo Branco, crítica socialResumo
De fato, a felicidade é um dos maiores anseios humanos. E é também uma de suas mais profundas angústias, pois a sua conquista parece sempre um tanto quanto inalcançável ou fluída demais para ser retida por longo tempo. No século XIX, esta busca pela felicidade se processa, muitas vezes, pela via do casamento. Com efeito, muitos escritores oitocentistas procuraram retratar a proximidade destes dois temas em seus romances, entre os quais destacamos o francês Honoré de Balzac e o português Camilo Castelo Branco. No presente artigo, propomo-nos a analisar alguns romances balzaquianos e camilianos, com vistas a estudarmos como a busca pela felicidade e a contração do matrimônio resultam em uma forma de crítica às sociedades francesa e portuguesa oitocentistas.
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