SOME REMARKS ON TODO N IN BRAZILIAN PORTUGUESE

Autores

  • Roberta Pires de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v60i0.2874

Palavras-chave:

quantificação, semântica formal, português brasileiro, quantification, formal semantics, Brazilian Portuguese.

Resumo

Várias propriedades sintáticas e semânticas de todo N, chamadas bare universal phrase (BUP), e todos(s) o(s) N(s), defined universal phrase (DUP), podem ser explicadas atribuindo-se uma estrutura semântica a cada sintagma quantificacional. Se nossa proposta semântica estiver correta, torna-se incorreta a afirmação de Peres (1992) de que a presença do artigo definido no sintagma quantificacional é nula. As estruturas semânticas atribuídas a BUP e DUP justificam a hipótese de que todo N não é um quantificador. Tal hipótese encontra ressonância na proposição de Negrão (2002), que afirma ser todo N um indefinido, no sentido de Heim. As análises de Dayal (1998) e Saeboe (2001) acerca de any são usadas para mostrar que todo N é um universal, não um indedinido. Além disso, trata-se de um modal. A discussão a respeito da generalização de Enç é feita para demonstrar que, uma vez que se considere todo como quantificador como a melhor solução, tal generalização deverá ser revista. Nossa proposta é a de manter a distinção entre a distinção entre quantificação e especificidade. A especificidade é dada pela presença do artigo definido. O quantificador propriamente dito expressa quantificação. Tal proposta abre a possibilidade de uma classe de quantificadores não-específicos (talvez modais), dos quais todo N é um exemplo central.

Abstract

Several syntactic and semantic properties of todo N, named bare universal phrase (BUP), and todo(s) o(s) N(s), defined universal phrase (DUP), may be explained by attributing to each quantifier phrase a semantic structure. If our semantic proposal is correct, then Peress (1992) claim that the presence of the definite article in the quantifier phrase is vacuous is not right. The semantic structures attributed to BUP and DUP lead to the hypothesis that todo N was not a quantifier. Such a hypothesis finds resonance in Negrãos proporal (2002) that claims that todo N is an indefinite in Heims sense. Dayals (1998) and Saeboes (2001) analyses of any are used to show that todo N is a universal, not an indefinite. Moreover it is a modal. The discussion of Ençs generalization is brought up in order to show that if considering todo as a quantifier is a better solution, then Ençs generalization needs to be revised. Our proposal is to keep apart quantification from specificity. Specificity is given by the presence of the definite article. The quantifier itself expresses quantification. Such a proposal opens up the possibility of a class of non-specific (perhaps modal) quantifiers, of which todo N is a central example.

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Como Citar

de Oliveira, R. P. (2003). SOME REMARKS ON TODO N IN BRAZILIAN PORTUGUESE. Revista Letras, 60. https://doi.org/10.5380/rel.v60i0.2874

Edição

Seção

Dossiê: Língua Formal