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Corpos Petulantes: desafios, esquivas, derivas

Ana Chiara

Resumo


Neste trabalho examino o gesto estético da poeta e artista plástica Laura Erber para entendê-lo na complexidade do estado das artes na atualidade. O poeta e crítico Marcos Siscar faz o diagnóstico da crise de verso na poesia do século XX e XXI, em seu belo livro Poesia e crise (2010), apontando as “dificuldades” do poeta em resgatar a importância da poesia no acúmulo cultural contemporâneo. Onde fala a poesia? Como fala? Sobre o quê? Para quem? No caso da poeta e múltipla artista Laura Erber, os rituais de exumação do corpo da poesia são serenos e irônicos, permanecem num estado nietzscheano que Clement Rosset examina como sendo os da cruel alegria ou da sobrevivência intermitente e iluminada dos vaga-lumes ( Didi-Huberman,) enquanto, para Jacques Rancière, trata-se da “experiência política do sensível”, ou seja, implica a maneira de dizer uma conquista da singularidade e da sobrevivência da arte.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v84i2.25102