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A trama da memória e a manutenção de sentidos: “reserva indígena” nos cartuns de Angeli

Émerson Quirino de Oliveira, Francis Lampoglia, Jonathan Raphael Bertassi da Silva, Lucília Maria Sousa Romão

Resumo


Neste trabalho, buscamos interpretar cartuns de Angeli publicados
entre maio e agosto de 2008, marcados linguisticamente
pela expressão “reserva indígena”, observando como as imagens
instalam efeitos de sentido de denúncia sobre o apagamento
do índio e da resistência indígena. Para tanto, mobilizamos
conceitos teóricos da Análise do Discurso de matriz francesa,
em especial os postulados de Pêcheux sobre a memória e de
Eni Orlandi sobre as noções de silêncio difundidas pela mesma
autora. Pretendemos rastrear a trama da memória construída
pelo discurso do branco que, ao estabelecer os limites da “reserva
indígena”, dissimula seu papel como opressor histórico
do sujeito-índio.

Palavras-chave


discurso; reserva indígena; silêncio

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v82i0.25084