O Processo de auxiliaridade verbal no português brasileiro: uma análise dos aspectuais.
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v84i2.24657Palavras-chave:
Inacusatividade, Auxiliaridade, Verbos aspectuaisResumo
A proposta deste artigo é abordar o fenômeno da auxiliaridade verbal em construções aspectuais no português brasileiro (PB). Os verbos aspectuais analisados foram os indicadores de início de evento: começar, iniciar e principiar; de repetição de evento: tornar e voltar; de desenvolvimento de evento: continuar; de retrospecção de evento: acabar; de término de evento: acabar, terminar e findar; e, por fim, de interrupção de evento: parar e interromper. As hipóteses que fundamentam a análise são: (i) os aspectuais com complemento VP/gerúndio ou infinitivo preposicionado constituem verbos auxiliares; e (ii) a classe dos auxiliares não é homogênea, podendo seus integrantes serem organizados em um continuum de auxiliaridade. Para sustentar a primeira hipótese, é examinado o comportamento sintático dos aspectuais que figuram em sequências verbais em relação a um subgrupo de critérios de auxiliaridade propostos na literatura: a) a não-seleção de sintagmas nominais ou sintagmas complementizadores; b) a seleção categorial rígida; c) a inexistência de restrições quanto ao tipo sintático do complemento; d) a inexistência de restrições em relação ao sujeito da sentença. A segunda hipótese é apoiada principalmente na (in)compatibilidade do verbo aspectual com a natureza aspectual do seu complemento, empregando-se a classificação adotada por Vendler (1967). Com base nos resultados, constatou-se que, em uma escala de auxiliaridade, os aspectuais completivos seriam os menos auxiliares.
Palavras-chave: Inacusatividade; Auxiliaridade; Verbos aspectuais.
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