LÍNGUA E "RECORTE" DA REALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v24i0.19582Resumo
O autor deste artigo aborda a relação lingua-cultura, sob o enfoque de um relativismo lingüístico moderado: a língua, porque organiza e articula a multiplicidade do concreto e a realidade do espírito, é de certa forma causa das estruturas sociais, culturais e psíquicas.Depois de lembrar a perspectiva sociolingüística, passa a examinar a teoria da "Wcltansicht" de Humboldt e os postulados neo-humboldtianos, para desembocar nas "Taxionomias populares" dos etnolingüislas norte-americanos.
Faz uma análise detalhada da hipótese Sapir-Whorf, criticando osevidentes exageros da relatividade lingüística whorfiana.Defende a tese de que a língua não decalca a realidade. Cada língua se assemelha a um prisma (ou grade), através do qual os falantes vêem. de maneira peculiar e própria, o seu mundo interno e externo.
Note-se, porém, que os efeitos da estrutura lingüística sobrea nossa "realidade social", por enquanto, não foram suficientemente estudados e determinados.
O determinismo lingüístico — conclui — nos faz entender que alíngua não é simplesmente um instrumento que nós controlamos; ela também nos controla.
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Como Citar
Robl, A. (1975). LÍNGUA E "RECORTE" DA REALIDADE. Revista Letras, 24. https://doi.org/10.5380/rel.v24i0.19582
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