LOURENÇO: JOGRAL IMPERTINENTE
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v32i0.19340Resumo
O autor procura precisar as atribuições c a condição do jogral na sociedade hierarquizada da Península Ibérica do séc. XIII. O jogral é o profissional que vive do seu mister: cltolar e dizer sões alheios; um homem, portanto, que pertence à classe servil. A jogralia, palaciana ou popular, era, pois, ofício próprio do vilão; daí, a incompatibilidade, ao menos teórica, que na Peninsula havia entre a condição nobre e a profissão jogralesca. Embora congregados pelo mesmo objetivo — proporcionar entretenimento aos fidalgos — e::istia entre as classes trovadorescas das cortes e solares certo clima de tensões e conflitos, provocado pelo fato incontrolável da ascensão social por parte de jograis talentosos, peritos na arte de trobar.Apesar de sua origem humilde, Lourenço tornou-se o melhor dos jograis-poetas. Mas seu talento e sua ambição chamaram a atenção dos trovadores de estirpe, que mote jam de suas pretensões trovadorescas, taxando-o de incompetente.
Em contrapartida, Lourenço, fecundo tencista, revida bravamente aos ataques dos artistas de mais elevadalinhagem. Lourenço, protótipo do jogral com pretensões a trovador, conseguiu atingir, por suas qualidades artísticas opor sua pertinácia e impertinência, posição de relevo notrovadorismo galego-português.
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Como Citar
Robl, A. (1983). LOURENÇO: JOGRAL IMPERTINENTE. Revista Letras, 32. https://doi.org/10.5380/rel.v32i0.19340
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