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NATIVISM, UTOPIA, AND DEATH IN THREE CONTEMPORARY BRAZILIAN NOVELS: A COMPARATIVE READING OF QUARUP, MAÍRA, AND A EXPEDIÇÃO MONTAIGNE

José Luiz Passos

Resumo


Entre as décadas de 60 e 80 a imagem do índio foi reaquecida no contexto da produção de discursos e práticas culturais associadas à construção de novos símbolos para a nação brasileira. Em um ensaio de 1979, Walnice Nogueira Galvão apontou que o índio nunca "teve muita sorte" na tradição cultural nacional, para então concluir, a propósito da publicação de Maíra, "mostra[ndo] como o índio está mais vivo do que nunca em sua conexão com a literatura brasileira". Este ensaio realiza uma interpretação comparada de três obras que relacionam-se direta ou indiretamente com a cultura indígena ao nível temático e/ou estrutural. Assim, Quarup (1967) e A Expedição Montaigne ( 1982) de Antonio Callado (1917-1997), bem como Maíra (1976) de Darcy Ribeiro (1922-1997), são acompanhados na maneira como suas narrativas constroem ou solapam determinados modos de falar sobre o nacional, utilizando imagens e estruturas que ora se aproximam e ora se distanciam do repertório de símbolos associados à tradição cultural indígena, oscilando freqüentemente entre visões ocidentais de temas míticos e visões míticas de temas ocidentais.

Palavras-chave


Identidade; indianismo; romance brasileiro do século XX

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v54i0.18802