Entre macho e fêmea: santas travestidas na Antigüidade

Autores

  • Pedro Ipiranga Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v80i1.17226

Resumo

Resumo: Em vários relatos cristãos sobre mártires e santas na Antigüidade, a figura da mulher é imaginada ou efetivamente travestida com roupas e traços masculinos. Essa passagem do gênero feminino para o gênero masculino é uma estratégia discursiva para permitir o acesso da mulher a funções, atividades e sentimentos antes vedados à condição feminina. Além disso, permite uma reflexão sobre o estatuto do gênero da mártir ou da santa que incursiona nos dois âmbitos, o que tem como resultado um gênero de vida que ultrapassa (ou mesmo transgride) as fronteiras de gênero, em que o páthos erótico não está ausente, chegando mesmo a dinamizar a constituição desse ‘transgênero’.

Biografia do Autor

Pedro Ipiranga, Universidade Federal do Paraná

Departamento de Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas.Área de Clássicas.

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Como Citar

Ipiranga, P. (2010). Entre macho e fêmea: santas travestidas na Antigüidade. Revista Letras, 80(1). https://doi.org/10.5380/rel.v80i1.17226

Edição

Seção

Dossiê: Antigos e modernos