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QUAL A ESTRUTURA DAS SMALL CLAUSES LIVRES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO?

Marcelo Amorim Sibaldo

Resumo


Este artigo investiga uma construção exclamativa muito usada pelos falantes do português brasileiro, mas pouco estudada, nomeadamente, as Small Clauses Livres (SCLs), que consistem na justaposição de um predicado e seu sujeito, nessa ordem, sem nenhum verbo nem informação de tempo na superfície, como na construção Bonita a sua roupa!, por exemplo. O principal objetivo deste estudo é responder à seguinte questão: qual a estrutura interna das SCLs do Português Brasileiro? Para tal investigação, o presente trabalho, num primeiro momento, estabelece quais são as restrições sintático-semânticas que regem os elementos constitutivos desse tipo de construção, descrevendo os contextos em que o predicado e o sujeito podem atuar. Para a análise das SCLs, tomamos como embasamento teórico os pressupostos da Teoria Gerativa no seu modelo minimalista (cf. CHOMSKY, 2001 e sequência), bem como a noção de predicação e extensão de fase de Den Dikken (2006; 2007). A fim de desvendar qual a estrutura interna das SCLs, fizemos diversos testes no sentido de entender qual seria a composição interna desse tipo de estrutura e qual a posição estrutural de seus elementos. O que esta pesquisa conclui é que as SCLs são TPs raízes, ou seja, uma fase TP; desse modo, diferentemente de Chomsky (2001), que admite apenas CP e v*P como uma fase forte, este trabalho traz evidências a favor da ideia de que TP também seria uma fase forte.

Palavras-chave


Small Clauses Livres; Fases; Small Clauses

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v78i0.15920