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Antecedentes conceituais e ficcionais do realismo mágico no Brasil

Milton Hermes Rodrigues

Resumo


RESUMO: A história literária de um país está sempre sujeita a revisões, num perene processo de iluminação crítica do presente e do passado. Este artigo pretende rever o entendimento bastante divulgado segundo o qual a ficção fantástica brasileira mais recente, chamada de realismo mágico, passou a existir, e mesmo a ser discutida, apenas a partir de 1947, quando saiu O ex-mágico da taberna minhoca, coletânea de contos de Murilo Rubião. Ao colocar em discussão esse saber, esta perquirição propõe uma visibilidade anterior (e em processo) das práticas teóricas e ficcionais brasileiras, levando em conta postulados críticos que apontam as duas fontes mais conhecidas desse fantástico “moderno” (as ficções kafkiana e hispano-americana) e ao mesmo tempo instauram uma discussão sobre a categoria que se pode considerar também brasileira. Acabamos, assim, por situar no passado literário brasileiro a possibilidade de se refletir sobre o realismo mágico enquanto fenômeno literário também local, em termos teóricos e ficcionais.  

 


Palavras-chave


Fantástico brasileiro, revisão histórico-crítica

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v79i0.15911