From “a serpent, a lamia” to a rainbow-sided creature: Keats’s Lamia and the metamorphoses of the monster
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v80i1.15781Palavras-chave:
Letras, Literatura, poesiaResumo
A abundância de personagens femininas na obra de Keats levou a uma longa tradição de crítica, especialmente por parte de teóricos do feminismo, que as dividem em “donzelas mortais” e “deusas onipontentes”, dando a elas funções diegéticas de meio de preservação ou de destruição das identidades dos heróis masculinos. Enquanto o primeiro tipo aparece principalmente nos poemas de 1817, o último é mais típico de poemas escritos em, e depois de, 1819. Composto no verão daquele ano, “Lamia” figura uma personagem feminina que não é nem uma donzela mortal nem uma deusa onipotente, mas uma que pode ser vista como pertencente a um estágio de transição entre os dois tipos. Em “Lamia”, a figura mitológica da mulher-cobra é problematizada enquanto monstro ao ser colocada em oposição ao filósofo Apollonius, numa oposição que vem a representar aquela entre a poesia e a ciência. A identificação com a poesia e a imaginação faz com a personagem se torne simpática, embora de forma ambígua, e a alinha com outros monstros cujo status foram repensados por outros poetas românticos. A monstruosidade de Lamia se localiza em seus excessos, e como tal ela é ao mesmo tempo um ideal a ser alcançado e um perigo a ser evitado.
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