SER OU NÃO SER JUDEU: SUBVERSÃO DE ESTEREÓTIPOS RACIAIS EM "O MERCADOR DE VENEZA" DE SHAKESPEARE

Autores

  • Anna Stegh Camati UNIANDRADE

DOI:

https://doi.org/10.5380/rel.v77i0.12372

Palavras-chave:

Alteridade, Shakespeare, "O Mercador de Veneza".

Resumo

As ressurgências de preconceitos e discriminações no século XXI nos convidam a refletir sobre O Mercador de Veneza, cuja problemática continua sendo atual. Nesta peça, Shakespeare revela os mecanismos da lógica maniqueísta, vira os estereótipos de cabeça para baixo e manipula os conceitos das construções culturais com grande sutileza. O dramaturgo toma como objeto de análise e reflexão o ódio racial, religioso e cultural entre o judeu e o cristão, atados em simbiose econômica na Veneza renascentista, centro do capitalismo emergente, e mostra a explosão dos ódios e agressividades de ambos os lados decorrente da intolerância recíproca em suas relações de oposição e dependência. No processo de desmistificação da ideologia dominante, o bardo aponta o poderio econômico do judeu como uma das causas de sua demonização.

Biografia do Autor

Anna Stegh Camati, UNIANDRADE

Professora do Mestrado em Teoria Literária da UNIANDRADE/PR.

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Como Citar

Camati, A. S. (2009). SER OU NÃO SER JUDEU: SUBVERSÃO DE ESTEREÓTIPOS RACIAIS EM "O MERCADOR DE VENEZA" DE SHAKESPEARE. Revista Letras, 77. https://doi.org/10.5380/rel.v77i0.12372

Edição

Seção

Dossiê Alteridade em Construção