SER OU NÃO SER JUDEU: SUBVERSÃO DE ESTEREÓTIPOS RACIAIS EM "O MERCADOR DE VENEZA" DE SHAKESPEARE
DOI:
https://doi.org/10.5380/rel.v77i0.12372Palavras-chave:
Alteridade, Shakespeare, "O Mercador de Veneza".Resumo
As ressurgências de preconceitos e discriminações no século XXI nos convidam a refletir sobre O Mercador de Veneza, cuja problemática continua sendo atual. Nesta peça, Shakespeare revela os mecanismos da lógica maniqueísta, vira os estereótipos de cabeça para baixo e manipula os conceitos das construções culturais com grande sutileza. O dramaturgo toma como objeto de análise e reflexão o ódio racial, religioso e cultural entre o judeu e o cristão, atados em simbiose econômica na Veneza renascentista, centro do capitalismo emergente, e mostra a explosão dos ódios e agressividades de ambos os lados decorrente da intolerância recíproca em suas relações de oposição e dependência. No processo de desmistificação da ideologia dominante, o bardo aponta o poderio econômico do judeu como uma das causas de sua demonização.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.Para o caso de submissão de traduções, deverão ser verificados os requisitos de cessão de direitos autorais constantes da seção de Diretrizes para Autores.

