O lugar da psicanálise e a universidade
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i7.32146Palavras-chave:
psicanálise, universidade, discursoResumo
Na qualidade de uma prática psicoterapêutica existente na civilização, de um método de investigação da subjetividade e de um saber sobre o sujeito e a civilização, a psicanálise se depara com a questão de seu lugar frente à Universidade e às instituições em geral. A teoria dos discursos de Lacan permite apreender a função da Universidade como uma prática de linguagem em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, caracterizada por sua consagração a um ideal de mestria. Neste sentido, a Universidade submete o saber aos ideais de consistência e de completude, e se volta para a aplicação e difusão de um puro saber da mestria baseado na ciência e em uma racionalidade material e causalista, com a consequente exclusão do sujeito e do inconsciente. A teoria dos discursos também permite apreender a disparidade entre o discurso do universitário e o discurso do analista, uma vez que, marcado pela incompletude, e indissociável da clínica, portanto da extensão, o saber da psicanálise apresenta uma consistência particular, traço fundamental de seu objeto — o inconsciente — e de seu princípio de colocação em causa da subjetividade.
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