A participação infantil no espaço público: propostas para pensar o direito da criança ao território

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Résumé

Este artigo resulta das interrogações levantadas a partir de uma pesquisa participativa com crianças em espaços públicos. A investigação, orientada pela Sociologia da Infância e pelos Estudos Urbanos, oferece um diálogo interdisciplinar entre as duas abordagens teóricas, considerando a infância como uma categoria geracional de valor próprio, constituída por crianças como atores sociais com “direito a uma voz”, reconhecendo que elas têm modos de comunicação e relacionamento e também culturas particulares (Dornelles; Fernandes, 2015; Sarmento, 2003; 2008). Da Análise do Estado da Arte sobre o que tem sido produzido na Sociologia da Infância, quando se fala das questões de participação das crianças, pode-se ver que o conceito de “cidade” é amplamente utilizado quando se discute este tema, mesmo que tais ações nem sempre se realizem no contexto da cidade. Esta perplexidade assumiu contornos mais desafiantes quando olhamos para o espaço no qual decorreu a nossa investigação, pois nos pareceu que a palavra “cidade” não tomava em consideração as características do espaço em análise. Notando que há vários autores no campo do urbanismo e da sociologia, que têm questionado o conceito de “cidade”, propondo algumas reflexões sobre ele e trazendo à discussão outros conceitos como “território”, discutiremos a importância de utilizar o conceito de território em vez de “cidade” para sermos mais precisos, salvaguardando a participação de todas as crianças, independentemente do contexto em que vivem, ajudando a ultrapassar a sua invisibilidade geográfica/social.

Publié-e

2024-05-03

Comment citer

Silva, A. S., Fernandes, N., & Silva, C. F. (2024). A participação infantil no espaço público: propostas para pensar o direito da criança ao território. Educar Em Revista, 40(1), e88748. Consulté à l’adresse https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/88748

Numéro

Rubrique

DOSSIÊ Infância(s), Movimentos Sociais e Cidade: currículo(s) e formação docente