Tendências na escolarização das elites paulistanas nos Séculos XX e XXI

Autores/as

Palabras clave:

socialização escolar, habitus, elites, reprodução, internacionalização

Resumen

O objetivo deste artigo é problematizar questões sobre a frequência no ensino básico de quatro gerações da elite paulistana dos século XX e XXI. Trata-se de análise dos dados recolhidos na pesquisa Pensamento e Práticas de Cultura da Elite Paulistana1 . Com base em um questionário e entrevistas realizadas no período de 2018 a 2019, a intenção é analisar os motivos da escolha e as representações sobre as escolas. A hipótese principal apoia-se na teoria relacional dos grupos de Pierre Bourdieu, entre outras, e suas formas subjetivas e objetivas de construção de disposições de um habitus. Para desenvolver o argumento, faremos um exercício relacional entre tipos de instituições frequentadas pelos indivíduos pesquisados e seus filhos, lembrando as categorias de quadros, tempo, modalidades e disposições de cultura que se depreendem delas. Por intermédio de aspectos como a imagem dos estabelecimentos em sites institucionais, data de fundação, objetivos pedagógicos, filiações com projetos internacionais e religiosos, observamos de perto elementos de tais processos. Como resultados, sinalizamos que além de existir uma estreita correspondência entre as seleções escolares e os projetos familiares, sempre de acordo com o tempo de pertencimento às elites e os setores da economia, existiria uma tendência, desde o início do século passado, por escolas com vínculos no exterior.

Biografía del autor/a

Maria da Graça Jacintho Setton, FEUSP

Professora Titular em Sociologia da Educação pela Faculdade de Educação da USP (SP/Brasil). Atua na área de Sociologia, Sociologia da Educação e Sociologia da Cultura, com ênfase em temas relativos aos processos educativos e socializadores numa perspectiva institucional (escola, mídia, religião, família, organizações voluntárias, ongs), grupal e individual. 

Paulo Rogério da Conceição Neves, Membro dos grupos de estudos EdGES (Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual) e do GPS (Grupo de Pesquisa Práticas de Socialização) - FEUSP

Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da USP (SP/Brasil). Membro dos grupos de estudos EdGES (Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual) e do GPS (Grupo de Pesquisa Práticas de Socialização), ambos da FEUSP. Assessor e consultor

Publicado

2022-12-21

Cómo citar

Setton, M. da G. J., & Neves, P. R. da C. (2022). Tendências na escolarização das elites paulistanas nos Séculos XX e XXI. Educar Em Revista, 38. Recuperado a partir de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/85438

Número

Sección

Dossiê Pierre Bourdieu – após 20 anos qual o legado de sua obra para pesquisas em educação?