O Tempo de Aprender e o silenciamento do letramento no processo de alfabetização
Palavras-chave:
Alfabetização. Tempo de Aprender. Instrução Fônica. Concepções de linguagem. Formação Docente.Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a concepção de linguagem e aprendizagem presente na proposta didática de alfabetização do curso de formação continuada do programa Tempo de Aprender de 2020, tendo como pano de fundo a Política Nacional de Alfabetização (PNA) (Brasil, 2019). O estudo caracterizase como qualitativo com foco descritivo-analítico e a metodologia empregada contempla análises de texto documental. O material empírico selecionado para análise corresponde ao eixo 1 – Formação continuada de profissionais da alfabetização e eixo 2 – Apoio pedagógico para alfabetização do documento que orienta o programa de formação docente. No contexto da pesquisa, destacamos dois tópicos analíticos: (1) Cadê o estudo da consciência fonológica, a promoção da curiosidade metalinguística e a ludicidade que estavam presentes nos cursos de formação docente para alfabetizadoras? E (2) Cadê a reflexão sobre o processo de alfabetização aliada às práticas de leitura e produção de texto presentes em produções acadêmicas no Brasil? Neste artigo, a ênfase é no primeiro tópico analítico. Os resultados da pesquisa possibilitaram a identificação de algumas fragilidades na proposta do curso como: a hierarquização do conhecimento de unidades menores para unidades maiores no processo da aprendizagem da leitura e da escrita; a padronização da instrução fônica como proposta de ensino; e o treinamento motor para a correta grafia das letras. Os tópicos destacados colocaram em evidência o silenciamento do letramento no processo de alfabetização.
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