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Educação patrimonial com crianças: memórias e produção de representações sociais sobre a cidade

Jeysson Ricardo Fernandes da Cunha, Daniela Barros Silva Freire Andrade

Resumo


O presente texto busca contribuir para o estudo a respeito das representações sociais de crianças sobre a cidade, sendo esta compreendida como material, matriz e artefato cultural e, portanto, legítimo objeto acerca do qual diferentes grupos sociais compartilham e produzem significações. Os Centros Históricos das cidades são possuidores de objetivações pois detêm, em seus espaços, as marcas de acontecimentos históricos, evocam o passado em sua forma de organização específica e contam a memória do lugar. Especificamente, o debate apresentado pretendeu analisar as vivências de crianças no Centro Histórico de Cuiabá, considerando o espaço físico um lugar de memórias, afetos e identidade cultural, sustentado por um projeto representacional associado a diferentes e contraditórios valores historicamente constituídos. Trata-se de um estudo de caso único, ancorado na epistemologia dialógica, que tem, como sujeitos, crianças entre 7 e 11 anos, participantes de um projeto cultural. Para a produção de dados, utilizou-se uma vivência no Centro Histórico de Cuiabá, por meio de um roteiro narrativo. Os dados foram agrupados em episódios e analisados segundo a noção da análise compreensiva. As crianças deste estudo revelaram a constatação do fenômeno do esvaziamento e silenciamento do Centro Histórico e a ruptura do diálogo intergeracional, que tem impedido a reposição da memória social, sendo o Centro Histórico uma testemunha.

Palavras-chave


Educação Patrimonial. Representações Sociais. Crianças. Centro Histórico

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