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O teatro do oprimido: mediação e construção da autonomia

José Carlos dos Santos Debus, Ângela Balça

Resumo


Este artigo tem como objetivo situar e demonstrar os resultados de uma investigação de pós-doutoramento que analisa uma experiência de apropriação e uso dos princípios metodológicos do Teatro do Oprimido (BOAL, 2015) em estratégias de mediação do ensino de Artes nas escolas, junto aos professores e professoras de Artes da rede de ensino do município de São José em Santa Catarina, Brasil. Apontamos alguns fatores considerados favoráveis à autonomia e à capacidade do estudante de interpretar e compor o mundo a partir de suas relações no campo do ensino/ aprendizagem desenvolvidas através de diálogos artísticos e de oficinas investigativas e comprometidas com perspectivas democráticas e livres. Nosso referencial teórico contou com as ideias de Augusto Boal no campo da dramaturgia e Paulo Freire e Immanuel Kant no campo da educação. As oficinas permitiram uma reflexão profunda sobre o momento atual da educação brasileira, totalmente profissionalizante, que não deixa espaço e tempo para aquilo que não é escrita ou cálculo. A metáfora de João e Maria possibilitou aos professores procurarem pelo olhar do estudante dentro do espaço ensino/aprendizagem e levarem em conta este olhar no processo de construção do saber dentro um espaço constitucionalmente democrático e aberto às experiências.


Palavras-chave


autonomia, mediação, arte, educação, teatro do oprimido

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