Inteligência Artificial e formação danificada: aprendizagem profunda e ética rasa entre professores e alunos

Autores

Palavras-chave:

Inteligência artificial, Teoria Crítica, Adorno, Ética, Aprendizagem profunda.

Resumo

Em tempos de conexão ininterrupta, consolida-se o denominado capitalismo de vigilância. Nesse estágio do modo de produção capitalista, o capital é produzido e reproduzido por meio do controle dos grandes dados (big data), que são obtidos através dos dispositivos de vigilância presentes tanto nos softwares algorítmicos, quanto nas câmeras de reconhecimento facial. Nesse contexto, insere-se o objetivo deste artigo: refletir sobre a forma como a utilização de dispositivos de decisão diretiva (directive decision devices), fundamentados nos princípios da Inteligência Artificial (IA), pode fazer com que um sistema de vigilância prevaleça entre professores e alunos, em detrimento de relações eticamente elaboradas entre ambos. Concluise que a chamada aprendizagem profunda, algoritmicamente produzida, deve ser repensada nos termos da revitalização da formação (Bildung), que questiona a pretensão de tal aprendizagem fomentar procedimentos éticos entre professores e alunos pautados num sistema de premiação e punição decorrente da vigilância digital ubíqua.

Biografia do Autor

Antonio Soares Zuin, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Professor-Titular do Dep. de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar. Pesquisador CNPq 1B, Assessor Fapesp e Coordenador do Grupo de Pesquisa: "Teoria Crítica e Educação-UFSCar". Professor-vistante junto ao DEp. de Ciências da Educação da J.W.Goethe, Frankfurt am Main, Alemanha em 2020.

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Publicado

2021-09-27

Como Citar

Zuin, A. S. (2021). Inteligência Artificial e formação danificada: aprendizagem profunda e ética rasa entre professores e alunos. Educar Em Revista, 37. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/80158

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