Possibilidades na luta pelo ensino de histórias negras na era das bases nacionais curriculares no Brasil e nos Estados Unidos: a Lei 10.639/03 e os National History Standards

Autores

Palavras-chave:

Ensino de História, Currículo, História Negra, Lei Federal 10.639/03, National History Standards

Resumo

Iniciativas de implantação de bases curriculares nacionais têm se espalhado no mundo globalizado com o intento de efetivar modelos de conteúdos e habilidades que preparem os estudantes para responder a testes classificatórios e padronizados. Contrastando com essas políticas de homogeneização, movimentos sociais, como o movimento negro em âmbito transnacional, têm lutado para romper com o eurocentrismo e o racismo que historicamente tem estruturado tais padrões presentes na educação tanto no Brasil quanto nos EUA, investindo em propostas curriculares mais democráticas e inclusivas. Neste artigo, buscamos pensar o ensino de história em perspectiva transnacional, colocando em diálogo as experiências da Lei Federal 10.639 de 2003 (BRASIL, 2003), no Brasil, e dos National History Standards [Padrões de História Nacional], da década de 1990 nos Estados Unidos, na luta pelo reconhecimento do protagonismo dos negros e a diversidade das suas trajetórias nos currículos escolares.

Biografia do Autor

Amilcar Araujo Pereira, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Formado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é mestre em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com um ano de estágio doutoral na Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. Tem experiência nas áreas de Ensino de História, currículo, história das relações raciais, história e cultura afro-brasileiras e formação de professores. Fez pós-doutorado nas áreas de Educação e História na Columbia University, em Nova York, nos Estados Unidos (2015-2016) e foi eleito membro do Comitê Executivo da Brazilian Studies Association (BRASA) para o mandato de 2016 a 2020. Em 2018 foi eleito Diretor Regional Sudeste da Associação Brasileira de História Oral (ABHO) para um mandato de dois anos. Atualmente é professor Associado da Faculdade de Educação, vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Antirracista (Gepear-UFRJ) e Bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado - FAPERJ. Atua e orienta estudantes de mestrado e doutorado nos Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e em Ensino de História (ProfHistória) da UFRJ. Além de diversos capítulos de livros, artigos em revistas e congressos acadêmicos, publicou, com apoio da FAPERJ, o livro "O Mundo Negro": relações raciais e a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil (2013), organizou o livro Educação das relações étnico-raciais no Brasil: trabalhando com histórias e culturas africanas e afro-brasileiras nas salas de aula (2014) e também organizou com Verena Alberti o livro Histórias do movimento negro no Brasil (2007), com Ana Maria Monteiro, o livro Ensino de História e Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas (2013), e com Warley da Costa o livro Educação e Diversidade em Diferentes Contextos (2015).

Jessika Rezende Souza da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Mestre em Ensino de História e Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - em período de colaboração na New York University/NYU (Bolsa Sanduíche CAPES - Programa Abdias do Nascimento). Historiadora e especialista em Educação Básica com ênfase em Ensino de História (CESPEB) formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora da rede pública do estado do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ) desde 2012. Membro do Laboratório de estudos e pesquisas em Ensino de História (LEPEH) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Antirracista (GEPEAR), ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Minha área de pesquisa envolve Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Educação antirracista, educação em museus e museus afro-brasileiros. 

Publicado

2021-09-27

Como Citar

Pereira, A. A., & Silva, J. R. S. da. (2021). Possibilidades na luta pelo ensino de histórias negras na era das bases nacionais curriculares no Brasil e nos Estados Unidos: a Lei 10.639/03 e os National History Standards. Educar Em Revista, 37. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/76993

Edição

Seção

Dossiê-Bases Nacionais e o Ensino de História embates, desafios e possibilidades na/entre a Ed. Bás. e a form. de prof